Empresa de BH participa de projeto com MIT-Sloan e mapeia tendências

Marcelo Jabulas
@mjabulas
29/01/2021 às 00:02.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:02
 (Rock Content/Divulgação)

(Rock Content/Divulgação)

O ano de 2020 não foi fácil para a humanidade. Mas o período serviu para que novos modelos de negócios surgissem, assim como consolidações de tendências. Algo natural em tempos de crise. E uma percepção que se concretiza é a de que qualquer negócio é capaz de ser global. E quem diz isso não o faz por achismo. Trata-se do fundador da Rock Content, empresa de BH especializada em estratégias digitais, Diego Gomes.

E a percepção de Gomes tem como base a experiência recente de sua empresa, criada em 2013, e que foi selecionada para participar do projeto Global Entrepreneurship Laboratory (G-Lab) em colaboração com a MIT Sloan School of Management. Esse projeto, que une estudantes de MBA da universidade norte-americana e empresas de mercados emergentes, permitiu ao time de Gomes mapear os próximos passos de sua empresa de acordo com os sinais do mercado.

“Esse projeto nos permitiu analisar nosso posicionamento no mercado norte-americano, europeu e asiático. E a partir daí validamos nossa estratégia de expansão para os próximos cinco anos”, explica Gomes.

Devido à pandemia, o time da Rock Content não pode ir para os Estados Unidos, como é de praxe no projeto. Mas a pandemia mostrou que é possível “desembolar” qualquer demanda de forma remota. Afinal, a empresa mineira já atende clientes fora do Brasil há um bom tempo, como no México, Canadá e nos EUA.

TENDÊNCIAS
Após concluir o projeto que Gomes diz ter sido elaborado com dezenas de mãos, o empresário aponta algumas tendências para o mercado. Uma delas é que as marcas deverão ser produtoras de conteúdo e não apenas anunciantes. “Hoje o consumidor tem muitas informações. E, para cativá-lo, a marca precisa gerar conteúdo segmentado para o seu público. Mas, para isso, ela precisa saber qual é o seu papel e como fazer para conversar com seu cliente de ponta a ponta”, analisa.
O que Diego Gomes quer dizer é que o velho anúncio deixou de ser eficiente e que a tecnologia permite formas de comunicação muito cirúrgicas para cada tipo de cliente. “É preciso entender que se você produz conteúdo para um pequeno nicho, de mil pessoas, e se 500 consumiram seu material, você teve um enorme sucesso”.

Outra percepção do empresário tem sido o surgimento de empresas brasileiras com foco no mercado estrangeiro. Para ele, o Brasil tem mão de obra qualificada e capacitada para atender lá fora. 

“Está surgindo uma nova geração que vê o mundo como mercado. Há dois anos, se você me perguntasse se teríamos grande presença nos Estados Unidos, e que eles se tornariam nosso maior mercado, eu diria que era algo improvável. Mas o norte-americano busca qualidade. Ele não quer o menor preço. Ele exige qualidade e depois o retorno”, afirma Gomes, que tem em sua pasta de clientes gigantes como Microsoft, Marvel, NFL, ESPN e Yahoo.
 
QUALIFICAÇÃO 
Uma das receitas para entregar qualidade está na qualificação de pessoal. Com um time de 400 colaboradores, a Rock Content investe em capacitação. “Investimos muito na preparação de talentos para o mercado. Criamos a Universidade Rock Content, que não é uma escola formal, mas que oferece centenas de cursos de qualificação para o mercado digital. Ela tem sido nosso pilar de impacto, pois a educação cria oportunidades. Quem faz o curso ganha conhecimento e também nos ajuda, pois é um impacto que gera valor”, comenta o empresário, que anuncia que a ‘universidade’ atingiu a marca de 200 mil cursos completados.

Ou seja, qualquer um ou negócio pode ser do mundo e também Minas Gerais. Milton Nascimento já canta essa pedra há mais de meio século.

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