O coordenador nacional da Frente parlamentar pelo SIM, deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), afirmou que a indústria de armas é a única beneficiada com esse comércio.
- A indústria produz rios de dinheiro e a sociedade é quem paga pelos seus lucros, com sangue - enfatizou.
Segundo Jungmann, votar contra a venda não significa ir de encontro aos direitos individuais de cada cidadão.
- Ninguém vai perder seus direitos. Se você tem uma arma legal, o uso continuará sendo permitido - garantiu.
O parlamentar afirmou ainda que a idéia que a arma serve para defender o cidadão é uma grande ilusão.
- O risco de mortes por acidente é bem maior que uma possível situação de defesa - afirmou.
CRESCIMENTO DO NÃO
Raul Jungmann reconheceu o crescimento da campanha do NÃO, embora sem admitir a solidez da campanha adversária.
- Não há como negar que o não cresceu bastante nos últimos dias. Mas isso aconteceu principalmente pela desconfiança em relação ao governo. Tenho certeza de que grande parte das pessoas que pensam em votar não no referendo é contra as armas - opinou.
Para ele, a apatia da sociedade se explica porque o país vive uma crise de desesperança, ocasionada pela decepção com o governo Lula.
O socialista tentou ainda diminuir o argumento de que acidentes são inevitáveis.
- Esse argumento é inaceitável. Não dá para comparar um acidente de carro com um tiro. A morte com um tiro é um desrespeito à vida. Uma sociedade que se arma se torna vítima das armas - concluiu.