Das ruas à passarela

Alta-costura “conversa” com street style na Semana de Paris; estilistas miram mais jovens

Flávia Ivo
12/07/2019 às 12:04.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:31
 (INSTAGRAM/REPRODUÇÃO)

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Se há um segmento da moda que pode ser denominado inspiracional é a alta-costura. E não é para menos! Roupas feitas à mão, exclusivas e com materiais de padrão indiscutível encantam aqueles que amam e até quem não liga para o universo fashion. Todo esse glamour desfilou nas passarelas em evento haute couture na capital francesa.

As maravilhas da catwalk no entanto, são transpostas em modelos nas lojas acessíveis ao grande público e ornam o vaivém das ruas. E, ao mesmo tempo, a busca pela renovação de clientes faz com que as maisons bebam na fonte do street style.

De acordo com a professora de Moda Carla Mendonça, é algo que pelo menos por enquanto irá se manter. “Especialmente porque o próprio público da alta-costura mudou. Ela vem mirando em pessoas mais jovens, com outras referências que não são só aquelas de sonho. Essa apropriação será duradoura”.

Já para o trend hunter Aldo Clécius, os principais players deste mercado têm focado em uma moda mais adulta para esse público. “A moda está hiperindividualizada. Ou seja, menos padrão, mais cada um no seu estilo”, coloca.
 
TENDÊNCIA
Trinta e quatro maisons desfilaram o Outono-Inverno 19/20 na Semana de Alta-Costura de Paris. Dior, Armani, Chanel e Valentino foram algumas das que figuraram no luxuoso line-up.

Para a temporada fria, as grifes investiram em um retorno da valorização do preto, o que acaba despertando a atenção para as texturas dos tecidos e os detalhes das modelagens. Além dele, as candy colours também foram presença constante.

“Quem quiser ficar na tendência pode apostar nos tons aquarelados, em uma cartela de amarelo, rosa, azul e roxo. Além de lavanda e preto, sempre. Sobre as formas, teremos muitas modelagens orgânicas que possuem volumes”, analisa a estilista e consultora de moda Grazi Coelho.

O volume das peças foi igualmente observado por Carla Mendonça. “A primeira tendência que aponto é a manga supervolumosa, que já está nas ruas. A outra é a alfaiataria, com uma mistura dos gêneros, olhando mais de perto para as maravilhas do guarda-roupa masculino”, destaca.

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