Boa noite, Vietnã

Expansão “Hours of Darkness” é um dos melhores momentos de “Far Cry 5”, que já era bom

Marcelo Ramos
Hoje em Dia - Belo Horizonte
23/06/2018 às 08:07.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:56
 (DIVULGAÇÃO)

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Colocar os dedos nas feridas do American Way of Life parece ser o sádico objetivo dos produtores da Ubisoft. Depois que “Far Cry 5” explorou a política armamentista dos Estados Unidos e misturou com fanatismo religioso, a expansão (DLC) “Hours of Darkness” coloca o jogador no maior fiasco militar dos EUA: a Guerra do Vietnã, que custou a vida de 58 mil soldados norte-americanos e pelo menos 3 milhões de vietnamitas em 11 anos de conflito. 

No game, o jogador assume o papel de um soldado, codinome Piton 25, que integrava um grupamento em missão. Seu helicóptero é abatido e ele acorda já dominado pelas forças norte-vietnamitas. A sequência é se livrar dos “Charlies” e resgatar companheiros. 

O jogo segue a mesma estrutura do game principal, mas de forma reduzida. O objetivo principal da campanha é chegar ao ponto de extração, no lado oposto do mapa, que reproduz as selvas fechadas do Vietnã. Durante o caminho, novos objetivos são adicionados, como tomar bases, destruir artilharia antiaérea, resgatar rebeldes, encontrar o restante dos integrantes do esquadrão, que foram feitos prisioneiros, e até mesmo recolher isqueiros de pilotos que tiveram jatos abatidos.  
 
SEMPER FI 
Vale lembrar que os colegas resgatados ajudam o jogador em combate. Mas, se abatidos, não voltam como os NPCs (personagens controlados pelo computador) da campanha de “Far Cry 5”.

O DLC inclui armamentos da época como pistola Colt M1911, fuzis M16 e AK-47 e, claro, a metralhadora M60 (aquela do Rambo). E como mencionamos o boina verde mais cascudo do cinema, o game ainda conta com arcos e flechas explosivas, para que o jogador se sinta tentado a amarrar uma faixa vermelha na cabeça.

Para tentar retratar o ambiente da guerra, toda trama se passa numa madrugada. Não há passagem de tempo como no game principal. Há uma densa neblina constante que dificulta a visão. Usar os binóculos para marcar os inimigos é fundamental para não ser pego de surpresa.

E mesmo que a inteligência artificial (IA) não seja a mais desafiante, muitas vezes os Charlies (apelido dado aos “vietcongs” da Frente Nacional para a Libertação do Vietnã, devido à pronúncia Victor-Charlie em rádio para o código VC) cercam o jogador e fica difícil sair do fogo cruzado, que pode custar a vida de um companheiro resgatado.

“Hours of Darkness” é a primeira das três missões extras programadas para “Far Cry 5”, que ainda terá os episódios: “Dead Living Zombies”, que bebe na inesgotável fonte do apocalipse zumbi e “Lost in Mars”, que transporta o jogador para o Planeta Vermelho, onde há visitantes pouco amistosos. 

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