Black Friday boa de game

Jogos são considerados campeões de descontos nesta data comercial

Da Redação*
03/12/2019 às 09:40.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:54
 (Reprodução/Pixabay )

(Reprodução/Pixabay )

Os games foram os campeões de descontos na Black Friday, realizada na última sexta-feira (29). O economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), afirmou que os descontos nos jogos chegaram a 49% neste ano.

“O campeão de desconto efetivo foram os games. Pegamos os cinco jogos mais procurados na categoria e vimos como os preços se comportaram, levando em consideração a presença do produto em, pelo menos, cinco lojas virtuais. Os preços tiveram descontos de até 60% nos cinco produtos mais procurados e desconto efetivo, ou seja, aquele desconto em relação ao preço mínimo praticado nos 40 dias que antecederam o evento. Chegou a 49%”, disse Bentes.

O economista apontou que produtos como cafeteira elétrica, smartbands e de vestuário tiveram descontos efetivos. “Na parte de eletroportáteis, os descontos chegaram a 20% para a cafeteira elétrica. Para os óculos de sol, os descontos foram de 16%; calça masculina 14%; sapato masculino, 16%. Já os smartbands, relógios para prática de exercícios físicos, tiveram descontos de 26%. Podemos dizer que esses foram os campeões de desconto nesta Black Friday”. 

A CNC fez o monitoramento dos preços de 250 produtos mais demandados pelos consumidores em sites de busca, nos 40 dias que antecederam a Black Friday. O levantamento levou em consideração o desconto efetivo e em que sites foram observados os maiores descontos. O monitoramento começou na última semana de outubro, com o acompanhando diário dos produtos.

“O importante é calcular o desconto efetivo, ou seja, se o produto foi comercializado, digamos, com o preço mínimo de R$ 100 e no dia da Black Friday aparece a R$ 100, ou seja, mesmo que ele tenha tido um desconto na passagem de quinta para sexta, não houve um desconto efetivo. O importante é a gente ver para o consumidor onde, de fato, o preço foi praticado abaixo do piso dos últimos 40 dias”, explicou o economista.
 
MAIOR TEMPORADA
Bentes disse ainda que pode ter sido a maior temporada de descontos desde 2010. “Embora o balanço não tenha sido fechado ainda, foi a maior Black Friday desde que o evento passou a fazer parte do calendário do varejo no ano de 2010, com uma expectativa de faturamento de R$ 3,7 bilhões”. 

Ao contrário de diversas datas comemorativas do varejo, a Black Friday não está associada a um feriado religioso ou a qualquer outra motivação histórica. Ela tem como mote uma promoção do varejo em um período específico do ano.
 
PREÇOS MAQUIADOS
Bentes destacou que nem todos os produtos sofrem maquiagem de preços. Alguns, mesmo fora da temporada, acabam sendo vendidos pelo fluxo do consumidor. “Os varejistas escolhem produtos específicos para aplicar um desconto grande, mas, em alguns casos, não houve desconto algum, aquele produto não fez parte da Black Friday dO estabelecimento. Mas isso não significa que houve maquiagem de preço. O produto não entrou no evento por uma estratégia do varejista. Mas, com isso, acaba chamando o consumidor para dentro da loja ou site e ele acaba levando um produto que não estava na Black Friday”, falou.

Para o economista, a Black Friday não diminui as vendas no Natal, mas serve como termômetro para a data. “A movimentação financeira no Natal é dez vezes maior do que na Black Friday. Neste ano, o faturamento no Natal deve ser próximo de R$ 37 bilhões. O que acontece é que muitas pessoas acabam aproveitando a Black Friday para comprar produtos natalinos, compram no cartão de crédito, por exemplo, e pagar a fatura quando receberem a segunda parcela do 13º salário”.
*Com Agência Brasil

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