Heberth Halley


Repórter


 


O presidente do Montes Claros Futebol Clube, Joeville Mocelin, foi o primeiro empresário da cidade a aderir à campanha para ajudar o Funorte na contratação de jogadores para a disputa do campeonato mineiro da primeira divisão. O desportista, apaixonado por futebol, irá arcar com o salário do jogador Dandão, repatriado do Chipre, por quatro meses e faz um apelo aos empresariados da cidade.





- Faço um apelo para que outros empresários de Montes Claros também possam apoiar o Formigão. Conversei com o diretor Cristiano Júnior e propus a ele que a gente criasse uma campanha para reunir o empresariado da cidade para que apoiasse o Funorte, que nesse momento representa a cidade – explica.





O dirigente lembrou das dificuldades financeiras, quando o Montes Claros, chamado carinhosamente de Bicho, disputou a primeira divisão em 1997 e 1998, e salientou se não fosse o apoio de várias empresas teria sido impossível disputar o Campeonato Mineiro.





- Naquela época tivemos apoios de várias empresas como Autonorte, Transnorte, Transmoc, Alprino, Cimento Montes Claros (Lafarge), Supermercado BH, Palimontes, além da prefeitura de Montes Claros. Sem dúvida, seria muito difícil disputar o Campeonato sem este apoio.  Sei o que o Funorte deve estar passando, pois já passei por isso. Só quem trabalha no futebol sabe a dificuldade que é para manter financeiramente um time profissional– acrescenta o empresário.





Ville Mocelin disse ainda que desde a desistência do Montes Claros ficou um vazio quanto a uma equipe de futebol profissional de Montes Claros e que o Funorte chegou para suprir este espaço.





O empresário ficou indignado com a história do Funorte ter que sair de Montes Claros para fazer uma pré-temporada em Janaúba.





- Uma cidade do tamanho de Montes Claros teria que dar condições e estrutura para que o Funorte fizesse a pré-temporada. Os clubes da cidade deveriam contribuir e colaborar com o Funorte no sentido de ceder campos para treinamento. O Funorte não precisava sair de Montes Claros, mas infelizmente há muita dificuldade – lamenta Ville Mocelin.





Ele destacou também que a venda do jogador Dandão em 1997, no valor de R$ 23 mil, foi importante para pagar a folha de pagamento e renovar o contrato dos jogadores. Exemplificou que a venda de atletas e trabalho das categorias de base é uma forma de também conseguir verba para se manter financeiramente.