(BRUNO CANTINI/ATLÉTICO)
BOGOTÁ – “A Copa Sul-Americana é a segunda divisão da Libertadores da América. É assim que enxergo. Se ela tivesse esse valor muito grande, as duas copas que o Atlético ganhou da Conmebol teriam mais valor do que na verdade têm. E olha que, naquela época, quem classificava não era o nono, o décimo. Era o segundo e o terceiro do Campeonato Brasileiro. A Sul-Americana, além de pagar pouco, ela tem pouco valor, você vê pelos próprios públicos que vêm comparecendo, se comparado com públicos da Libertadores. Entendemos que é um campeonato que poderia ser interessante se tivéssemos passado com essa equipe alternativa. Muito provavelmente iríamos continuar com essa equipe alternativa”.
No futebol não há verdade que dure um ano e quatro meses. A declaração do presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, em 8 de maio do ano passado, após a eliminação na primeira fase da Copa Sul-Americana de 2018, diante do San Lorenzo, da Argentina, no Independência, é passado distante no clube. Provas disso são a prioridade à competição nesta temporada e a pressão que o time carrega na decisão desta terça-feira, contra o La Equidad, da Colômbia, a partir das 21h30 (de Brasília), no Estádio El Campín, em Bogotá, quando será definido um semifinalista.
A delegação do Atlético chegou na manhã desta segunda à capital colombiana trazendo na bagagem a pressão por ter perdido as duas últimas partidas pelo Campeonato Brasileiro, sendo que na última usou um time quase totalmente reserva, e pelos gols perdidos diante do La Equidad, semana passada, no Horto, quando venceu por 2 a 1 num jogo em que produziu o suficiente para alcançar um placar mais dilatado.
O Galo joga em vantagem nesta terça, pois um empate, ou até mesmo derrota por um gol de diferença, mas com o placar a partir de 3 a 2, são suficientes para garantir a vaga na semifinal e o direito de disputar com o Colón, da Argentina, a presença na decisão de 9 de novembro, no Estádio Nueva Olla, em Assunção. Isso, somado à maior qualidade técnica, fazem do Atlético o favorito no confronto, mas também se transforma em mais um elemento de pressão.
É impossível negar que uma eliminação nesta terça-feira significará a primeira turbulência do Galo de Rodrigo Santana. Assim como é certo que a classificação transformará a Copa Sul-Americana ainda mais no objeto de desejo atleticano.
Entre a vaga e a pressão, uma certeza é que o Atlético faz em Bogotá o seu jogo mais importante do ano até agora, pois nele decidirá se seguirá vivo na briga pela taça esnobada em 2018 e que virou prioridade em 2019.
TIME
Com praticamente todos os titulares poupados no último sábado, na derrota de 1 a 0 para o Bahia, no Horto, pelo Brasileirão, pois apenas o goleiro Cleiton e o zagueiro Igor Rabello jogaram, Rodrigo Santana tem um time descansado para encarar o La Equidad, nos 2.800 metros acima do mar de Bogotá.