
Há um mês, o Atlético entrava em outubro com 80% de chances de garantir vaga na Libertadores do ano que vem graças aos 45 pontos que lhe garantiam a sexta colocação isolada. O Santos, que era nono, tinha apenas 5,1% de possibilidades.
Quatro rodadas depois, e um desastroso outubro, onde caíram o técnico Thiago Larghi e o diretor de futebol Alexandre Gallo, a sexta colocação foi mantida pelo Atlético, mas com os mesmos 46 pontos do Santos.
Mas o pior não é isso. Mas sim o fato de o Peixe ter hoje mais chances de ir à Copa Libertadores de 2019 que o Atlético (51,7% a 36,4%).
“Isso se deve a uma série de coisas. Mas as principais são o Santos viver um melhor momento e ainda ser o mandante do confronto direto que terá contra o Atlético, na penúltima rodada”, analisa Gilcione Nonato da Costa, professor do Departamento de Matemática da UFMG que mantém o site Probabilidades no Futebol.
O sexto lugar, que hoje é uma incerteza, no início de outubro parecia pouco para o Atlético, que estava a apenas cinco pontos do G-4, grupo que garante vaga na fase de grupos da Libertadores, e a oito da liderança.
Hoje, o Galo está dez pontos distante do G-4 e os 17 que o separam do líder Palmeiras fazem com que ele não tenha mais chances de conquistar o título do Campeonato Brasileiro, segundo os cálculos do site da UFMG.
ELIMINAÇÕES
O curioso nessa situação do Atlético é que foram desastrosas para ele as eliminações de Grêmio e Palmeiras nas semifinais da Copa Libertadores deste ano, por River Plate e Boca Juniors, respectivamente, o que impede o Brasileirão desta temporada de ter um G-7.
Além disso, gremistas e palmeirenses são exatamente os próximos adversários atleticanos, nas duas próximas rodadas, no Independência, e ambos poderiam poupar jogadores caso estivessem na decisão da competição internacional.
Assim, Grêmio, amanhã, e Palmeiras, em 11 de novembro, virão ao Horto com o que têm de melhor.
REBAIXAMENTO
A mesma situação do Atlético na briga por vaga na Copa Libertadores é idêntica ao que vive o América na briga contra o rebaixamento.
O Coelho entrou outubro com 17,9% de chances de rebaixamento. Hoje tem 48,4%. “O América empata muito. Para não cair, ele terá de ganhar jogos. Só empatando, o risco de cair é muito grande. Com 43 pontos, é de 25% o risco de queda. Mas para ele chegar a isso, precisa fazer nove pontos em sete partidas”, afirma Gilcione Nonato da Costa.
Os números mostram que o drama vai acompanhar Atlético e América nesta reta final de Série A.
