Só com reação

Depois de um outubro desastroso, Atlético e América entram na reta final do Brasileirão buscando uma nova história em novembro para alcançar seus objetivos no torneio

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
Publicado em 02/11/2018 às 07:05.Atualizado em 28/10/2021 às 01:34.
 (BRUNO CANTINI/ATLÉTICO)
(BRUNO CANTINI/ATLÉTICO)

Há um mês, o Atlético entrava em outubro com 80% de chances de garantir vaga na Libertadores do ano que vem graças aos 45 pontos que lhe garantiam a sexta colocação isolada. O Santos, que era nono, tinha apenas 5,1% de possibilidades.

Quatro rodadas depois, e um desastroso outubro, onde caíram o técnico Thiago Larghi e o diretor de futebol Alexandre Gallo, a sexta colocação foi mantida pelo Atlético, mas com os mesmos 46 pontos do Santos.

Mas o pior não é isso. Mas sim o fato de o Peixe ter hoje mais chances de ir à Copa Libertadores de 2019 que o Atlético (51,7% a 36,4%).

“Isso se deve a uma série de coisas. Mas as principais são o Santos viver um melhor momento e ainda ser o mandante do confronto direto que terá contra o Atlético, na penúltima rodada”, analisa Gilcione Nonato da Costa, professor do Departamento de Matemática da UFMG que mantém o site Probabilidades no Futebol.

O sexto lugar, que hoje é uma incerteza, no início de outubro parecia pouco para o Atlético, que estava a apenas cinco pontos do G-4, grupo que garante vaga na fase de grupos da Libertadores, e a oito da liderança.

Hoje, o Galo está dez pontos distante do G-4 e os 17 que o separam do líder Palmeiras fazem com que ele não tenha mais chances de conquistar o título do Campeonato Brasileiro, segundo os cálculos do site da UFMG.
 
ELIMINAÇÕES
O curioso nessa situação do Atlético é que foram desastrosas para ele as eliminações de Grêmio e Palmeiras nas semifinais da Copa Libertadores deste ano, por River Plate e Boca Juniors, respectivamente, o que impede o Brasileirão desta temporada de ter um G-7.

Além disso, gremistas e palmeirenses são exatamente os próximos adversários atleticanos, nas duas próximas rodadas, no Independência, e ambos poderiam poupar jogadores caso estivessem na decisão da competição internacional.

Assim, Grêmio, amanhã, e Palmeiras, em 11 de novembro, virão ao Horto com o que têm de melhor.
 
REBAIXAMENTO
A mesma situação do Atlético na briga por vaga na Copa Libertadores é idêntica ao que vive o América na briga contra o rebaixamento.

O Coelho entrou outubro com 17,9% de chances de rebaixamento. Hoje tem 48,4%. “O América empata muito. Para não cair, ele terá de ganhar jogos. Só empatando, o risco de cair é muito grande. Com 43 pontos, é de 25% o risco de queda. Mas para ele chegar a isso, precisa fazer nove pontos em sete partidas”, afirma Gilcione Nonato da Costa.

Os números mostram que o drama vai acompanhar Atlético e América nesta reta final de Série A.


 

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