![]() Mesmo com a derrota, Pequi Atômico vê como real a chance de vencer o poderoso Cruzeiro nas próximas partidas - Foto: Fredson Souza |
O melhor ficou para o final. A partida mais emocionante do Campeonato Mineiro até aqui, aconteceu na tarde do último sábado, no Ginásio Poliesportivo Tancredo Neves. A torcida fez bonito e empurrou a equipe, que jogou de igual para igual contra o Sada/Cruzeiro, e em vários momentos até melhor, mas, como disse o técnico Marcelinho Ramos, “a gente não esperava ter que enfrentar o Sada e a arbitragem”. Partida decidida do tie-break, com parciais de 25/21, 15/25, 16/25, 25/20 e 15/11. Mesmo com a derrota, fica a sensação de que não é impossível vencer o poderoso Cruzeiro.
O Pequi Atômico entrou escalado com o levantador Rodrigo Ribeiro, os centrais Rafael e Milan Celic, os pontas Bob e Renan Purificação (maior pontuador da partida, com 15 marcações), o oposto André Nascimento e o líbero Kachel.
Apesar de o Sada/Cruzeiro ter vencido os segundo e terceiro sets com vantagem considerável, o Montes Claros mostrou que tem força, mesmo desfalcado. O central Thiago Salsa, com a seleção militar, e o levantador Índio, se recuperando de cirurgia, ficaram de fora da partida. Mais uma vez, a inexperiência da arbitragem foi destaque. Com muitos erros, contudo no set desempate, o Moc teve um adversário a mais, contra um time que já é osso duro por si só.
O aguerrimento da equipe norte mineira ficou claro já no primeiro set. O Sada/Cruzeiro começou à frente, chegando a abrir quatro pontos de vantagem. Mas o Montes Claros não se abalou com o início intenso do atual campeão mundial, buscou o resultado e foi para a segunda etapa na vantagem, empurrando a responsabilidade para o adversário.
Os dois sets seguintes foram dominados pelo time da capital, que pouco errava. O Montes Claros se recuperou na quarta erapa com a força do bloqueio, tonificado pelo gringo Celic. À frente no placar desde o início, a torcida fez o “Caldeirão” ferver. A cada ponto, o ponteiro Renan Purificação ia para a galera trazer o público para mais perto, e o time continuava respondendo em quadra. O Sada rodava os atletas para tentar se recompor e voltar à BH com três pontos, mas não conseguiu parar o pique montesclarense.
O set desempate foi quente. Erros de arbitragem revoltaram comissão técnica e jogadores do Moc. Em uma inconsistência de arbitragem que resultou em ponto para o time visitante, jogadores das duas equipes foram cobrar o árbitro. O levantador e capitão do Moc, Rodrigo Ribeiro, foi mais incisivo e levou cartão vermelho, que deu mais um ponto para o Sada, o que acalmou os jogadores da equipe celeste. Os erros não pararam por aí. Quando o Montes Claros estava atrás por dois pontos de diferença (6/8), um ponto claro - e comemorado - para o Pequi Atômico foi convertido para o Sada/Cruzeiro. Ao invés de encostar, o placar se tornou mais elástico, e o Moc não conseguiu se recuperar deste erro.
