Sai ou não sai?

Presidente da Raposa segue pressionado por oposição e pelos aliados

Guilherme Piu
11/12/2019 às 09:12.
Atualizado em 05/09/2021 às 23:00
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

O temor e o desespero pela queda do Cruzeiro à Serie B do Brasileiro se tornaram a realidade mais dura na quase centenária história da Raposa. E esse novo cenário causa traumas e receios em todos do clube.

Por isso, há mobilização dos dois lados, tanto da situação quanto da oposição, para que mudanças aconteçam nos bastidores do Cruzeiro. Uma ala quer o afastamento ou a renúncia do presidente Wagner Pires de Sá e de sua base; a outra, mesmo em “terra arrasada”, ainda aposta na permanência dos atuais gestores, dando mais autonomia a Zezé Perrella.

O Hoje em Dia noticiou, na edição de ontem, que 161 pessoas, dentre conselheiros e associados do clube, entregaram um ofício endereçado ao então presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella – licenciado deste cargo e que ocupa a gerência de futebol – para que seja convocada novamente uma Assembleia Geral Extraordinária para decidir o futuro de Wagner Pires de Sá no clube.

Os querelantes exigiam que, em até três dias, o representante maior do Conselho Deliberativo se pronunciasse. Ontem, ele foi licenciado do cargo.

Perrella havia pedido o afastamento da diretoria anteriormente, mas desistiu de convocar uma assembleia após fazer um “acordão”, em que acabou alçado por si próprio ao cargo de gestor de futebol. 

Em consonância a essa movimentação, Wagner Pires de Sá já foi recomendado por pessoas próximas e até mesmo por Itair Machado para que opte pela renúncia.

O Hoje em Dia noticiou ontem com exclusividade que o ex-vice-presidente de futebol sugeriu que o atual presidente abrisse caminho para outro gestor tentar salvar o Cruzeiro. E esse seria Pedro Lourenço, dono da rede de Supermercados BH. 

Wagner Pires de Sá não se decidiu ainda se abre mão do cargo ou se permanece, mas sofre pressão dos dois lados – de quem quer sua saída e até de conselheiros com cargos no clube que precisam de sua permanência para manter benesses e vantagens. 

Wagner disse em entrevista que tudo dependia da opinião da maioria do Conselho e de soluções que pudessem ser efetivas para “salvar o clube”.

Na torcida, o medo ganha contornos mais fortes até pela situação financeira do Cruzeiro, caótica e com uma dívida gigante que pode inviabilizar planos importantes para o futuro.

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