Só pela rivalidade

Subida na classificação da Série A significa pouco financeiramente para o Cruzeiro

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
06/11/2018 às 08:17.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:37
 (VINNICIUS SILVA/CRUZEIRO E. C)

(VINNICIUS SILVA/CRUZEIRO E. C)

Na oitava colocação do Campeonato Brasileiro, com os mesmos 46 pontos de Santos (7º) e Atlético (6º) e a nove de distância do quinto, que é o Grêmio, faltando apenas seis rodadas para o término da competição, subir na classificação, para o Cruzeiro, tem um efeito muito mais ligado ao aspecto rivalidade, de poder ultrapassar o Galo, que financeiro.

Com a premiação paga aos times pelas suas colocações do 1º ao 16º lugares na Série A do Campeonato Brasileiro de 2017 mantida para a edição de 2018, o oitavo lugar que ocupa atualmente garantiria ao Cruzeiro R$ 2,072 milhões. Se chegar à sexta posição, hoje do Atlético, a Raposa receberá pouco menos de R$ 700 mil a mais, valor próximo apenas ao bônus pago pela Caixa Econômica federal pelo seu título na Copa do Brasil.

Mudança significativa seria alcançar, pelo menos, o quinto lugar, pois isso faria o valor da premiação recebida praticamente dobrar. Mas os nove pontos de distância do Grêmio, quando serão disputados apenas mais 18, aparecem como uma barreira.
 
DIFERENÇA
O que ajuda a deixar o Brasileirão pouco atrativo para o Cruzeiro nesta reta final é também a disparidade em relação aos valores que o clube recebeu pelo hexacampeonato da Copa do Brasil.

Os R$ 50 milhões faturados apenas para se ganhar a final são quase a mesma coisa que os R$ 50,3 milhões que são a soma das premiações dos integrantes da Série A do Campeonato Brasileiro, competição onde o campeão leva pelo título pouco mais de R$ 18 milhões.

No Campeonato Brasileiro, recebem premiações os clubes classificados entre o primeiro e o 16º lugares. Eles dividem R$ 63,77 milhões.

Somando a premiação pela participação nas quatro fases da Copa do Brasil, o Cruzeiro embolsou R$ 61,9 milhões.

É claro que a Série A ainda tem os valores de direito de transmissão que os clubes recebem, mas pelo menos em 2018, a principal competição de clubes do país perdeu espaço para a segunda, que é a Copa do Brasil, justamente pela premiação milionária.

Isso fez, por exemplo, clubes que brigavam nas primeiras posições do Brasileirão poupar jogadores no torneio priorizando partidas da Copa do Brasil que seriam disputadas logo depois.

Essa disparidade vai acabar no ano que vem, pois com um novo contrato de TV para a Série A, o valor das premiações do torneio também aumentarão, tornando ela mais atrativa do ponto de vista financeiro numa comparação com a Copa do Brasil.

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