Risco de devolução de parte das cotas faz grandes da capital lutarem por volta do Mineiro

Henrique André
Hoje em Dia - Belo Horizonte
26/05/2020 às 23:51.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:36
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O fim da pandemia pelo novo coronavírus, assim como o retorno do futebol no Brasil, ainda não têm data definida. Contudo, América, Atlético e Cruzeiro optaram por não esperar mais e, com a autorização do poder público, retornaram às atividades, visando dar condicionamento físico e técnico aos atletas, e resolvendo também pelo menos uma das dificuldades de receitas que eles enfrentam neste momento complicado, que é a volta da visibilidade dos patrocinadores.

Por enquanto, ainda vale a máxima do craque Didi: “treino é treino, jogo é jogo”. Mas no próximo dia 10 de junho, pode acontecer uma sinalização sobre o futuro. Isso porque o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Adriano Aro, irá se reunir com autoridades da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) para tentar viabilizar o retorno do Campeonato Mineiro, que se tiver a fórmula original respeitada ainda depende de seis datas para ser encerrado.

Para o término da competição faltam duas rodadas da fase classificatória, quando serão conhecidos mais três semifinalistas (o América já está classificado), os clubes que irão disputar a Série D do Brasileiro em 2021 e os dois rebaixados ao Módulo II.

Uma das ideias é que, a partir das semifinais, os confrontos sejam em jogo único. Assim, em vez de seis datas, o Campeonato Mineiro teria apenas mais quatro pela frente. Mas, para isso acontecer, após se conhecer os quatro primeiros colocados da fase classificatória, será necessário que todos concordem com uma partida apenas, e não o sistema de ida e volta, como prevê o regulamento da competição.
 
DINHEIRO
Além de pensarem na parte técnica e no título, os clubes da capital têm interesse maior na disputa do Estadual. Galo e Raposa, por exemplo, receberam mais de R$ 14 milhões de cota da televisão; o Coelho, R$ 4 milhões. 

Sem receitas devido à pandemia, o trio vê como excelente oportunidade a volta do Estadual, temendo que sejam obrigados a devolver parte do dinheiro recebido de forma antecipada da televisão – isso caso o Campeonato Mineiro não seja concluído.

Realidade no país e nos quatro cantos do mundo, a suspensão ou redução dos ganhos com patrocinadores também assola as terras mineiras.

Além disso, a certeza de portões fechados quando a competição reiniciar é outra pedra no caminho dos gigantes e também dos clubes do interior.

Puxando a fila, o Atlético retornou às atividades há nove dias. O clube teve aval da Prefeitura de Vespasiano, município em que está localizada a Cidade do Galo.

Já América e Cruzeiro iniciaram os trabalhos apenas nesta semana. O alviverde, na segunda-feira, e o celeste, na tarde de ontem. O Coelho recebeu autorização da Prefeitura de Contagem. Já a Raposa teve o ok do prefeito Alexandre Kalil.

Cabe lembrar que, apesar de quebrarem o intervalo de mais de 60 dias sem treinamentos, o trio dividiu os atletas em pequenos grupos e, seguindo as recomendações dos órgãos de saúde, ainda não podem executar os tradicionais coletivos. Por enquanto, a prioridade é no aprimoramento da parte física dos atletas e em pequenos trabalhos técnicos e táticos.

Para o retorno aos treinos, América, Atlético e Cruzeiro tiveram de seguir uma série de normas estipuladas pelas secretarias de saúde dos municípios onde estão localizados seus CTs
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