“Público zero” no Mineiro esfria estreia de Sampaoli e pressão sobre Adilson

Henrique André
@ohenriqueandre
14/03/2020 às 01:06.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:57

O novo coronavírus, que assusta anônimos e personalidades, até o momento matou pouco mais de 5 mil pessoas em todo o mundo. Para se ter ideia, a mesma capacidade do Estádio Castor Cifuentes, palco do duelo deste sábado, às 19h, entre Villa Nova e Atlético. Com a expansão da pandemia, a Federação Mineira (FMF) decretou portões fechados neste e em todos os outros jogos dos Módulos I e II.

Para os dois maiores clubes da capital, a decisão terá reflexos distintos dentro e fora das quatro linhas. Para o Galo, uma ducha de água fria no torcedor que comprou ingresso para a estreia de Jorge Sampaoli. Para a Raposa, menos pressão in loco sobre o contestado Adilson Batista.

No caso do alvinegro, as eliminações precoces na Copa Sul-Americana e na Copa do Brasil criaram um ambiente conturbado, que acabou ganhando ares mais leves com as chegadas do treinador argentino, substituto do venezuelano Rafael Dudamel, de Alexandre Mattos, sucessor de Rui Costa na direção de futebol, e também do atacante Diego Tardelli e do goleiro Rafael.

A vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro na última rodada também contribuiu bastante para devolver a tranquilidade nos dias de trabalho na Cidade do Galo. Animados com a chegada de Sampaoli, os próprios jogadores destacaram em coletiva a empolgação com o novo comandante.

“Antes dele chegar, estava todo mundo muito esperançoso, querendo saber detalhes. É um cara rígido, mas que ao mesmo tempo é uma pessoa boa e que quer nos ajudar. Não é aquela cobrança que você fica com medo de fazer, é aquela para dar o seu melhor”, destacou o zagueiro Igor Rabello.
 
PRESSÃO ZERO
Já no lado celeste, a partida contra o Coimbra, marcada para as 16h deste domingo, no Independência, poderá ser um divisor de águas para o técnico Adilson Batista, que vive momento de instabilidade no clube. Ele, inclusive, esteve perto de ser demitido após a derrota em casa para o CRB, de Alagoas, mas acabou permanecendo por interferência de investidores e de parte da diretoria.

Para se ter ideia do péssimo rendimento da Raposa em 2020, a equipe conquistou apenas uma vitória nos últimos oito jogos. Apesar de bater na tecla da “reconstrução” – termo este usado após a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro –, o Cruzeiro perde aos poucos a confiança do torcedor e, lutando para ganhar nova identidade, demonstra imensa dificuldade para superar clubes de menor expressão.

Fora do G-4 do Mineiro no início da 9ª rodada, o time celeste busca evitar o inédito vexame de não ir às semifinais da competição.

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