Enquanto a matemática reserva apenas 0,001% de chances de o Atlético ser campeão brasileiro, duas crias do clube se encaminham pra encerrar esta temporada com um título nacional.
Na Série B, o Fortaleza tem no meia-atacante Dodô o camisa 10 da campanha de liderança na tabela. Já o lateral-esquerdo Leonan busca espaço entre os titulares, mas é um reserva contumaz do técnico Rogério Ceni.
Ambos estão emprestados pelo Atlético até dezembro. O retorno ao clube mineiro é indefinido – Dodô tem contrato até dezembro de 2019, enquanto o vínculo de Leonan termina em março de 2020. Porém, enquanto o ano não termina, a cabeça dos jogadores de 24 e 23 anos, respectivamente, é em manter a primeira colocação obtida desde a quinta rodada e vencer a Ponte Preta amanhã, em casa, para voltar a ter nove pontos de frente sobre o CSA, segundo colocado.
“A campanha que fazemos é muito boa. Nem o mais otimista dos torcedores poderia esperar uma campanha assim. Feliz de ter vindo para cá, e estar fazendo história com um clube de torcida maravilhosa”, afirma Leonan.
O ex-reserva de Fábio Santos briga por vaga ente os 11 de Ceni. Mas esteve em campo 12 vezes em 32 rodadas, marcando um gol. Esta é sua primeira experiência fora do Galo, e ele foi um pedido do próprio treinador.
“Rogério Ceni mudou 80% do Fortaleza para melhor. É um ídolo no esporte brasileiro. Hoje vemos porque ele conquistou tudo isso na carreira. Ele é um trabalhador e tem sede de títulos. Ganhei enorme experiência trabalhando com ele”.
No caso de Dodô, o armador chegou ao Castelão para voltar a subir degraus na carreira. Ele teve passagem apagada pela Chapecoense, até ser repassado ao Botafogo-SP no primeiro semestre.
Chegou no Fortaleza e “renasceu”. Nunca jogou tanto em uma temporada e por lá vive o auge da carreira, com protagonismo e titularidade absoluta. Dodô participou de 31 dos 32 jogos do Leão na Série B. Contribuiu com três gols e quatro assistências.
Surgido como promessa em 2014, o meia tinha cláusula de 30 milhões de euros. Mas não deu seguimento à qualidade das primeiras atuações.
Amigos, vivendo experiências novas de paternidade, a dupla criada no Galo se prepara para botar a faixa no peito e fazer a festa de uma torcida com média de público de 20.769, maior inclusive que a do Galo – 16.364.