Pressão e marca

Seleção estreia na Copa América com Tite questionado e em busca do centésimo gol

Alexandre Simões
Publicado em 14/06/2019 às 12:04.Atualizado em 05/09/2021 às 19:06.
 (Lucas Figueiredo/CBF)
(Lucas Figueiredo/CBF)

Iniciada por Friedenreich, nas Laranjeiras, em 1919, e com o último capítulo 70 anos depois, com Romário garantido a conquista da taça, no Maracanã, em jogos contra Chile e Uruguai, respectivamente, a história da Seleção Brasileira na Copa América, nas partidas disputadas no país, está muito próxima de ter o centésimo gol marcado. São 97 bolas na rede nos 34 confrontos em casa. E a corrida pela marca histórica começa nesta sexta-feira, quando Brasil e Bolívia abrem a edição de 2019 às 21h30, no Morumbi, em São Paulo.

Mas o centésimo gol está longe de ser a única marca dessa participação da Seleção Brasileira na Copa América de 2019. A pressão, principalmente sobre o técnico Tite, também estará presente.

Unanimidade até a Copa do Mundo da Rússia, a eliminação nas quartas de final, diante da Bélgica, e os vários erros cometidos em relação à convocação de jogadores sem as melhores condições físicas fizeram Tite perder a condição.

A baixa qualidade dos adversários nos amistosos desde então impediu que o treinador da Seleção Brasileira tivesse a chance de recuperar, pelo menos em parte, o prestígio com a torcida e imprensa.

Mas o desempenho ruim no último ano não é a única pressão sobre Tite. Pela quinta vez o Brasil é sede da Copa América. Nas quatro vezes anteriores (1919, 1922, 1949 e 1989), a Seleção sempre foi campeã. E isso também pressiona o treinador brasileiro.
 
GOLS
Há cem anos, em 11 de maio de 1919, o Brasil estreou no primeiro Campeonato Sul-Americano que organizou goleando o Chile por 6 a 0 no recém-inaugurado Estádio das Laranjeiras. E a vitória começou com um gol de Friedenreich, primeiro grande ídolo da história da Seleção. Ele balançou a rede chilena aos 19 minutos do primeiro tempo.

O gol 97 do Brasil em casa, pela Copa América, foi de Romário, sobre o Uruguai, em 16 de julho de 1989, e garantiu o título daquela que foi a última edição que teve o país como sede.

Além das quatro edições organizadas e conquistadas pelo Brasil, há ainda mais três, em 1975, 1979 e 1983, em que a Copa América não teve sede fixa. Os jogos foram de ida e volta, com cada país mandando um confronto em cada fase.

O recordista de gols pelo Brasil, em jogos de Copa América disputados em casa, é o atacante Jair, que balançou a rede nove vezes em 1949.

Aliás, essa edição, conquistada com a base que depois disputaria a Copa do Mundo de 1950, perdendo a final para o Uruguai, ficou marcada pelo poderio ofensivo da Seleção, que marcou 46 gols em oito jogos, com a impressionante média de 5,75.
 
PESQUISA
O descrédito em relação a Tite e seu time está refletido num levantamento divulgado pelo Paraná Pesquisas. A revelação é de que 46% dos entrevistados não acreditam no título brasileiro na Copa América de 2019.

Pior do que isso, 70% dos entrevistados se disseram pouco ou nada interessados na competição. A pressão é sem dúvida alguma o componente mais forte nessa estreia da Seleção na Copa América, onde o time de Tite buscará o 100º gol brasileiro em casa pelo torneio.

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