A grande oportunidade da carreira. É assim que o goleiro Cleiton encara a maior sequência de partidas como atleta do time principal do Atlético. Substituto imediato do lesionado Victor, que trata de uma tendinite no joelho esquerdo, o catarinense de 21 anos vai para o quarto duelo seguido como titular da equipe e, pela primeira vez, tem a chance de dar uma classificação ao Galo caso não seja vazado.
Garantido no confronto de hoje com o Botafogo, às 21h30, no Horto, na volta das oitavas de final da Sul-Americana, o goleiro vai ganhando a confiança dos torcedores e criando corpo para se tornar sombra do “Santo” dos atleticanos.
Como venceu a partida de ida, no Engenhão, por 1 a 0, o Atlético precisa apenas do empate hoje para avançar às quartas de final. Caso isso aconteça, a equipe do técnico Rodrigo Santana vai encarar, na próxima fase, o La Equidad, da Colômbia, nas duas últimas semanas de agosto.
HISTÓRIA
Filho de lavradores, Cleiton saiu de casa cedo para correr atrás do sonho de ganhar o mundo da bola. Aos 13 anos, já defendia o Marcílio Dias, em Itajaí (SC). Por meio do empresário, ele conseguiu um teste na Cidade do Galo e, com destino à capital mineira, em 2013, viu o alvinegro conquistar a inédita Libertadores. Aprovado, precisou esperar até 2017 para estrear na equipe principal, na vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense, na Arena Condá, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro daquele ano, num momento em que Roger Machado era o comandante do time.
“Ele sempre foi um piá que adorava jogar bola. Na escolinha, jogava de goleiro e atacante, até que um dia decidiu focar em apenas uma posição”, contou o pai de Cleiton, Vilson Schwengber, em entrevista recente ao HOJE EM DIA.
CLÁSSICO
Além do desafio desta noite contra o Botafogo, pela Copa Sul-Americana, Cleiton poderá ter a chance de enfrentar um grande “freguês” dos tempos de sub-20. Caso Victor siga fora de ação, ele será acionado pelo técnico Rodrigo Santana para o clássico de domingo contra o Cruzeiro. A partida, válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, está marcada para as 19h, também no Independência.
Contra a Raposa, ainda como atleta da última categoria antes de ser promovido ao time principal, o arqueiro ficou invicto. Dos cinco jogos em que esteve em campo, ele venceu três e empatou outros dois. Como profissional, Cleiton ainda não sentiu o gostinho de ter pela frente a equipe celeste.
Se tiver essa chance no domingo, viverá sua sequência mais importante defendendo o gol atleticano. E ela é decisiva para se colocar como “herdeiro do santo”.