(arquivo pessoal)
Aos 25 anos, o paratleta montes-clarense de handbike Luiz Gustavo conquistou o terceiro lugar no Grande Prêmio Taubaté de Paraciclismo, realizado em 29 de maio, em Taubaté (SP). A medalha de bronze é mais uma que o campeão coloca em sua coleção.
Além do Grande Prêmio Taubaté, Luiz Gustavo participou recentemente do Panamericano de Paraciclismo Internacional Pista e Estrada, em Maringá (PR), conquistando o sexto lugar. E na primeira etapa da Copa Brasil de Paraciclismo, que aconteceu no último fim de semana, em Ribeirão Preto, ele conquistou a sétima colocação.
O esporte é, para o montes-clarense, libertação e estímulo para tocar a vida após um acidente de trânsito que o deixou paraplégico. Para ele, conquistar uma medalha de bronze é motivo de muita alegria e uma honra por levar o nome da cidade para outros estados.
“É uma felicidade muito grande poder levar o nome de Montes Claros para outros estados e competir através do handbike, esporte que esteve tão presente em minha vida e que tem me proporcionado uma qualidade de vida melhor, novas amizades e mais saúde”, afirma o paratleta.
Luiz Gustavo conta que é o único de Montes Claros a disputar a modalidade. “Sinto a responsabilidade de sempre dar o meu melhor”, destaca.
FALTA DE APOIO
Apesar da realização em poder praticar o esporte e ainda conquistar o pódio, Luiz Gustavo lamenta a falta de apoio e patrocínio tão comum em Montes Claros. “Estamos vendo as coisas ficarem cada vez mais caras e, com a alta do combustível, tem ficado um pouco mais complicado participar, porque todas as competições são em outros estados e há também um grande gasto com alimentação, hospedagem, locomoção e até mesmo o treinamento, fisioterapia e suplementação”, conta.
Luiz Gustavo tem o apoio da academia Jump, que o isenta da mensalidade, e da empresa Durães Bike, que sempre faz um reparo e reposição de peças da bicicleta, mas ainda assim tem sido bastante difícil.
“O apoio da família e dessas duas empresas é fundamental para seguir em busca dos meus sonhos. Já fiz ‘vaquinha’ nas redes sociais para custear despesas de viagem e alimentação e é muito difícil conseguir patrocínio de empresas. Creio que o esporte ainda não é tão reconhecido na cidade”, lamenta.
Luiz Gustavo aproveita o espaço em O NORTE para pedir apoio e patrocínio para os próximos campeonatos. “Espero realizar o meu sonho de participar de uma paraolimpíada representando o Brasil”, comenta o atleta.
Atualmente, Luiz Gustavo divide o tempo entre faculdade, treinos e academia. O próximo campeonato será a segunda etapa da Copa Brasil de Paraciclismo, em Leme (SP), nos dias 30 e 31 de julho.