(Reprodução/Redes Sociais)
Quem pratica esporte nunca quer ficar de fora de competições nem tanto tempo sem atuar, já que a todo instante são requeridos regularidade e desempenho. No entanto, alguns atletas precisam se ausentar do esporte para se dedicar à família, ao trabalho ou até mesmo aos estudos.
Neste contexto está o paratleta Farlley Milioni, que retorna os tatames depois de quase oito meses parado. De cara, vai estar presente em um grande evento: o Abu Dhabi Grand Slam, no Rio de Janeiro, em novembro, na busca de mais uma medalha.
Aos 30 anos, ele, que estuda medicina, teve que se afastar do jiu-jítsu para ter tempo e realizar as atividades demandadas pela faculdade. Com o período passado apertado, Farlley ficou sem tempo para treinar.
Ele conta que há, sim, uma quebra de ritmo quando o atleta fica muito tempo sem ter contato com o esporte. Além disso, o rendimento poderá ser colocado em xeque, mas os treinamentos Milioni colocou em dia. “Ano passado eu competia quase todo mês. Teve mês que foram três competições nacionais”, ressalta.
PREPARAÇÃO
Para a competição no Rio de Janeiro, que acontece daqui a oito dias, o paratleta se prepara fora do país, no “Berço da Independência norte-americana”, a capital do estado de Massachusetts.
“Voltei a treinar recentemente. No momento estou em Boston, treinando todos os dias, tentando pegar ritmo. Vou ficar uma semana. Vim ver o meu pai porque ele mora aqui e treinar também”.
De Boston, o montes-clarense segue direto para os tatames cariocas, onde terá combates na categoria Class C.
RELEMBRE
Farlley é paratleta há um bom tempo. Em 2003, teve que amputar a perna em função de um câncer ósseo, que foi tratado no mesmo ano. O contato com as artes marciais começou dez anos mais tarde.
O retrospecto nos últimos anos é favorável. Em 2017, sagrou-se campeão no International Pro da Federação de Jiu-Jítsu dos Emirados Árabes Unidos (UAEJJF), por peso e absoluto. Ganhou o Brasileiro Centro-Oeste de Parajiujitsu e “no Gi”. Terminou em segundo lugar no Abu Dhabi Grand Slam Rio e no National Pro. Além de integrar a equipe brasileira da modalidade.
Na temporada seguinte, ele conquistou 12 medalhas, sendo sete de ouro, duas de prata e duas de bronze no parajiu-jítsu. A mais importante considerada pelo paratleta foi a do título mundial, conquistado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Foi eleito ainda o melhor atleta do ano na 16ª edição do Troféu Bola Cheia – Prêmio Marcelino Paz do Nascimento.
O Grand Slam Rio de Janeiro Tour acontece de 1º a 3 de novembro, na Arena Carioca.
Estagiário sob supervisão do Editor*