O paracilcista montes-clarense Luiz Gustavo Ramos da Silva, de 28 anos, conquistou no último final de semana o título de campeão mineiro na modalidade Handbike categoria H3 e o segundo lugar geral no Campeonato Mineiro de Handbike, em Lagoa Santa, MG. 

Após a vitória, o paratleta se prepara para mais duas competições. A próxima será a Segunda Etapa Copa Brasil de Handbike, em Leme, São Paulo entre os dias 15 e 16 de junho. E após 40 dias entre os dias 26 a 27 de julho ele segue para o Campeonato Brasileiro em João Pessoa, na Paraíba. O atleta espera conquistar bons resultados nas duas competições.

Com grande bagagem no seu currículo, foi vice-campeão brasileiro em 2023, em fevereiro deste ano sua primeira participação rendeu o pódio de segundo colocado no Campeonato GP em Sântricos das Palmeiras, São Paulo. 

Luiz conta que o Campeonato Mineiro foi muito importante. “Conquistar o primeiro lugar foi de grande importância por estar representando o nome da minha cidade e para mostrar quem são os atletas campeões do estado de Minas Gerais. Diante da conquista eu vejo que meu esforço e treinamentos estão dando certo e um dos meus alvos é conquistar o título de campeão brasileiro”, conta. 

O esporte é mais que profissão para ele, é um aliado de vida “O esporte mudou praticamente tudo em minha vida. Questão de saúde, locomoção, paciência... E para o deficiente acaba que as coisas são um pouco mais difíceis, mas o esporte traz muitos benefícios como a disciplina, paciência, força física e mais saúde. O meu foco é continuar sempre treinando, estudando e terminar o curso de Educação Física. Somente agradecer pelo que o esporte vem trazendo em minha vida como boas amizades e conquistas e saber que nosso exemplo tem influenciado outras pessoas. Meu maior sonho é representar Montes Claros e o Norte de Minas fora do Brasil nas Paraolimpiadas”, acrescenta Luiz. 

Apoio 
Luiz Gustavo conta que não há apoio do município para as competições, mas que há o apoio dos familiares e de alguns patrocinadores que ajudam a pagar as despesas de viagem como combustível, pedágio e alimentação “Fico feliz e grato a todos que tem acreditado em meu trabalho e apoiado de alguma forma para que tudo isso acontecesse. É muito importante poder viajar e saber que tem pessoas na torcida, que nos apoiam e que estão felizes com as conquistas, independente do resultado obtido”. 

“Eu esperava um pouco mais do município e da Secretaria de Esportes em relação há algum projeto de inclusão ao esporte com deficiência que é pouco visto por aqui na cidade. Não vejo incentivo e acaba que desanima um pouco nessa questão”. 

Em relação às viagens para competir o paratleta conta que são muito exaustivas pelo fato do carro ser apertado e não possuir um motorista para dirigir. Ele conta que o carro é adaptado e conta com ajuda de familiares e amigos em todo o processo desde a viagem, o campeonato e o retorno para casa na questão de locomoção tanto da bicicleta quanto dele. 

“Todos que pretendem ingressar no esporte seja a pessoa com deficiência, o PCD ou qualquer tipo de esporte, de alto rendimento ou não, o importante é ter força de vontade, dedicação e curiosidade, principalmente em saber que o que é o esporte e qual deles podem praticar com as suas limitações .e ter a certeza que colherá benefícios como saúde e liberdade. 

Mensagem 
A minha frase é que na nossa vida 10% é o que acontece e 90% é como reagimos ao que nos acontece”, finaliza o paratleta.

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