Um dos grandes “patrimônios” do Atlético completa hoje quatro décadas de vida. Leonardo Silva não é mera parte da história do clube. A trajetória do novo quarentão se confunde com aquilo que representa o Galo, algo similar à chamada “saga do herói”: o ser visto com desconfiança por todos (o zagueiro havia saído do arquirrival Cruzeiro), mas que, gradativamente, supera obstáculos, prova seu valor e alcança feitos inimagináveis.
Para uma expressiva parcela de torcedores, Leo é o maior zagueiro da história do Atlético: o camisa 3 é o beque que mais balançou as redes vestindo o sagrado manto preto e branco – 35 gols, até agora – e colecionou títulos como a Libertadores de 2013 e a Copa do Brasil de 2014 sobre a Raposa, seu time de outrora.
Ah, falando em conquistas, várias aconteceram no melhor estilo Atlético e, consequentemente, no melhor estilo Leo Silva. Se num dia o beque se ajoelhou em meio ao desespero e à incredulidade pelo pênalti cometido por ele nos instantes finais do duelo com o Tijuana – também conhecido como o “Dia de São Victor do Horto” –, em outro, subiu mais que todos os paraguaios do Olimpia para cravar um lugar no Olimpo alvinegro, o seleto grupo dos grandes heróis da instituição.
No fim do ano, ele deverá pendurar as chuteiras. Chuteiras essas utilizadas por um atleta que nunca poupou esforços para ajudar o Galo a se manter firme no panteão do futebol brasileiro e sul-americano. Parabéns, capita!