(Divulgação/COI )
Agora é oficial. O Comitê Olímpico Internacional (COI) adiou, nesta terça-feira (24), as Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio 2020 para até meados de 2021 por causa da pandemia de coronavírus. A decisão foi tomada após Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês, e Thomas Bach, presidente do COI, discutirem o assunto, por teleconfe-rência, ontem.
A possibilidade de adiamento já tinha sido levantada há duas semanas, quando alguns países haviam se negado a enviar suas delegações ao Japão em meio à pandemia da Covid-19. Canadá, por exemplo, havia decidido que não mandaria competidores, caso os Jogos ocorressem na data prevista. O Comitê Olímpico Brasileiro também engrossou o coro para a mudança do cronograma.
Mesmo que a pandemia fosse controlada até julho, o isolamento social tem atrapalhado o treinamento dos atletas.
O evento estava marcado para acontecer entre os dias 24 de julho e 9 de agosto. Apesar do adiamento, o nome Tóquio 2020 permanecerá como marca do evento. A nota oficial não informa uma nova data para os Jogos, mas destaca que poderão acontecer entre o fim deste ano e o verão de 2021.
“Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje (ontem) pela OMS, o presidente do COI e o primeiro-ministro do Japão concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada de Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020, mas o mais tardar no verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e na comunidade internacional”, informa, em nota, o Comitê Olímpico Internacional.
Esta é a primeira vez que as Olimpíadas são adiadas. O cancelamento dos Jogos aconteceu em três oportunidades: 1916 (Berlim), 1940 (Tóquio) e 1944 (Londres), por causa da Primeira e Segunda Guerras Mundiais.
A pandemia já atinge mais de 390 mil pessoas no mundo, segundo o levantamento da universidade Johns Hopkins, e deixou mais de 17 mil mortos.
TOCHA OLÍMPICA
Segundo o Comitê Olímpico Internacional, a chama olímpica vai permanecer no país. A tocha chegou ao Japão na última sexta-feira (20), após cerimônia de acendimento, no Estádio Panatenaico, em Atenas, na Grécia.
O adiamento da Olimpíada é um duro golpe que quase certamente levará à recessão a economia persistentemente fraca do Japão, a terceira maior do mundo.
Para o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que tenta revitalizar o crescimento por meio de um mix maciço de flexibilização monetária, reformas de governança e do turismo, o surto de coronavírus desmontou o que deveria ter sido um ano olímpico triunfante.
Com Agência Brasil