O Maraca é nosso: de Bigode a Arrascaeta, a história do futebol mineiro nos 70 anos do estádio

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
16/06/2020 às 01:21.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:47
 (FOTOS/ARQUIVO FIFA E CBD)

(FOTOS/ARQUIVO FIFA E CBD)

Palco maior do futebol brasileiro, ou até mesmo mundial, o Maracanã, um dos sinônimos de futebol, completa 70 anos nesta terça-feira. Não há motivo para festa, muito pelo contrário, pois o estádio abriga um dos hospitais de campanha do Rio de Janeiro na batalha contra o novo coronavírus. Mas a lembrança tem de existir. E o futebol mineiro faz parte dela. O Hoje em Dia separou sete fatos históricos sobre o palco das finais das Copas de 1950 e 2014 para destacar as sete décadas do Maracanã. O primeiro personagem mineiro no estádio é sem dúvida João Ferreira, o Bigode, que nasceu em Belo Horizonte em 1922, se transferiu do Atlético para o Fluminense em 1943, mas já era jogador do Flamengo quando foi titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1950. E depois do goleiro Barbosa, ninguém foi tão injustamente culpado pela derrota de 2 a 1 para o Uruguai, na decisão do Mundial de 1950, como Bigode, que era lateral-esquerdo, portanto o responsável por marcar justamente Ghiggia, o homem responsável por calar o Maracanã pela primeira vez em sua história naquela tarde de 16 de julho de 1950, exatamente um mês após a inauguração do estádio. TÍTULOSA “vingança” mineira pelo massacre carioca a Bigode veio em dose dupla. Em 30 de janeiro de 1963, na decisão do último grande Campeonato Brasileiro de Seleção, disputado em 1962, Minas Gerais conquistou o título dentro do Maracanã, derrotando a Guanabara por 2 a 1, de virada, depois de fazer 1 a 0 na ida, no Independência. Em 19 de dezembro de 1971, na última rodada do triangular final do Campeonato Brasileiro, o gol de Dario deu ao Atlético o título da competição com a vitória de 1 a 0 sobre o Botafogo. DECEPÇÕESO segundo título brasileiro de um clube mineiro no estádio escapou duas vezes. Em ambas, sobram reclamações contra a arbitragem. Em 1º de agosto de 1974, o Cruzeiro perdeu de 2 a 1 para o Vasco o jogo desempate do Brasileirão daquele ano. E reclamou demais da atuação de Armando Marques. Em 1º de junho de 1980, o Atlético entrou no Maracanã para enfrentar o Flamengo precisando do empate para conquistar seu segundo título nacional dentro do estádio. Mas perdeu por 3 a 2 numa partida em que os alvinegros apontam José de Assis Aragão como o grande vilão. ALEGRIASDo hexacampeonato cruzeirense na Copa do Brasil, dois títulos, o tetra e o penta, começaram a ser construídos dentro do Maracanã, com empates por 1 a 1 com o Flamengo, nas partidas de ida das decisões de 2003 e 2017. Em 8 de junho de 2003, Alex, com um gol de letra espetacular, marcou para os cruzeirenses. Em 7 de setembro de 2017, coube a Arrascaeta o papel de calar parte do Maracanã, pois os 10% de cruzeirenses que estavam no estádio cantaram alto uma provocação carregada de verdade: “Aa, uu, o Maraca é nosso!”.   

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