Esportes

Norte de Minas tem campeã brasileira de ginástica trampolim

Maria Luiza acredita que a vitória expressiva poderá trazer o tão aguardado patrocínio

Larissa Durães
Publicado em 20/06/2023 às 01:43.
O ouro vai levar Maria Luiza a voos ainda mais altos (HEDGARD MORAES)

O ouro vai levar Maria Luiza a voos ainda mais altos (HEDGARD MORAES)

A mais nova campeã brasileira de ginástica de trampolim é Maria Luíza França, de 19 anos, uma piraporense. A ginasta participou do Campeonato Brasileiro de Ginástica de Trampolim na categoria elite, onde disputou com mais 11 ginastas do Brasil inteiro, na Arena UniBH, no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte. Mesmo com a disputa acirrada, a norte-mineira trouxe o ouro para casa. “Nós chegamos na competição sabendo que o ouro e a prata já tinham nome. Mas aí, a surpresa veio com a minha ótima performance e eu ganhei, subindo no lugar mais alto do pódio”, disse uma radiante Maria Luíza, ao lembrar que na competição estavam ginastas como Camilla Lopes e Alice Gomes, as duas atletas da atual Seleção Brasileira de Ginástica de Trampolim.

Com essa vitória, a atleta acredita que terá algumas portas abertas, que começa com a convocação para o campeonato mundial, campeonato estadual do Rio de Janeiro, campeonato Sul-americano e campeonato brasileiro por idade. “A gente é convocado pelos resultados que conseguimos. Com essa vitória, os olhos estão voltados para mim”, explica. 
Outro resultado importante que Maria Luiza faz questão de relembrar , é a do Pan-americano no México, de onde voltou com uma das vagas para o Brasil participar do Sul-americando de Santiago, no Chile. Na competição com atletas olímpicos competindo e os países com equipes completas, Maria Luíza ficou em 8º lugar entre 30 atletas. A outra vaga brasileira foi conquistada por Camila Lopes.
Apesar dos resultados expressivos, nem tudo são flores. Para a ginasta chegar onde está hoje, muito sacrifício e teve que lutar muito. “Tive que sair de Pirapora, deixando minha mãe para trás e morar em outro estado (Rio de Janeiro) para poder treinar. Cheguei aqui, mas sem expectativas de chegar a esse nível. E teve uma época, depois de quebrar o pé, uns três anos atrás e com a chegada da pandemia, que pensei em desistir. Depois desses pensamentos, surgiu uma oportunidade de vaga para um Pan-americano, aqui no Rio mesmo, e garanti uma das vagas. Depois disso, a gente tá onde a gente tá hoje”, diz realizada. 

Família é suporte
Para poder participar das competições, a família e a própria Maria Luíza, é quem custeiam tudo. Segundo Maria Luiza, a ajuda de empresas, através de patrocínios, é fundamental para que o atleta consiga obter bons resultados, porque só a família não consegue arcar todos os custos. “ “É bem difícil, por isso estou atrás de patrocínio. Os holofotes são para quem é da Seleção Brasileira, mas para gente chegar lá, tem que passar por vários campeonatos e tem custo. Empresas precisam nos ajudar mais com patrocínios. No meu caso, além de mim (Maria Luiza recebe Bolsa Atleta do Governo Federal, no valor de R$ 900 reais), envolvo minha mãe, minha avó e minha tia para me ajudar. Com patrocínio tudo seria mais fácil e gratificante”, lamenta a atleta. 
A mãe de Maria Luiza, Urania França Lopes, concorda que os patrocínios fariam muita diferença, mas diz não medir esforços para que a filha realize o sonho que começou muito cedo. “Desde bebê ela pula demais. Tanto que tive que arrumar o berço três vezes, porque ela quebrou, pulando nele. Ela é privilegiada, porque todas as mulheres da família juntas, conseguimos transformar um sonho em realidade. Outras crianças de cidades pequenas nem sempre conseguem”, afirma orgulhosa.

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