No dia do velório de Maradona, mineiro exibe ‘santuário’ em homenagem ao gênio

Henrique André
@ohenriqueandre
27/11/2020 às 00:01.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:09
 (fotos Arquivo pessoal)

(fotos Arquivo pessoal)

Uma multidão se reuniu em torno da Casa Rosada, em Buenos Aires, onde aconteceu o velório do ídolo Maradona, nessa quinta-feira. Em meio à despedida do gênio da bola, houve muita confusão, tumulto e enfrentamento de torcedores e a polícia. Nem todo mundo pôde dar adeus da forma como queria. Longe da Argentina, cada fã do camisa 10 se expressava à sua maneira.

Atleticano, fã de Éder Aleixo e “maradonista eterno”, o mineiro Bernardo Dabés, de 47 anos, profissional da área de eventos, ainda estava em choque com a notícia da morte de Maradona, ocorrida na quarta.

“Lembro claramente da última vez que chorei assistindo a um jogo do Brasil. Foi em 1982, naquela derrota para a Itália. Eu tinha 12 anos naquela época. Em 1986, eu continuava vendo alguns jogos, mas ali me chamava atenção o que fazia o Maradona. Ele mudou minha concepção sobre o futebol e foi muito marcante na minha vida. Eu morava em Curvelo e já tinha feito uma pulseira de linha com as cores da Argentina. Foi a primeira ligação forte que ele me causou. A partir dali, virei um torcedor. As pessoas achavam que era de brincadeira, mas não era. Na Copa de 1994, por exemplo, tem foto minha no alto da avenida Afonso Pena com a camisa da Argentina”, conta Dabés.

“Em 2012, fui para lá (Argentina). Tenho uns três ou quatro DVDs, não sei quantos quadros, mais de 50 camisas e outras coisas (relacionadas a Maradona). Para mim, no futebol, por mais que eu tenha meus ídolos, como o Éder, foi o Maradona quem norteou minha vida”, acrescenta. 

Pela ligação do Pibe de Oro com o Boca Juniors, Dabés também tem um lugar reservado no coração para os Xeneizes. Apaixonado pelo Galo, aprendeu a dividir esse amor. Os amigos, inclusive, sabem bem a dimensão deste sentimento.

Membro da “Igreja Maradonista”, o mineiro se junta aos milhões de argentinos que seguem em luto pela perda do craque e, com certeza, não verá o futebol da mesma forma a partir de hoje. A casa, que antes era um verdadeiro templo, agora pode ser vista como um dos maiores (se não for o maior) museus em terras tupiniquins em homenagem ao baixinho e camisa 10.

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