Na cartilha da concorrência

Mais espaçosa e prática, nova geração do BMW Série 1 adota plataforma UKL-2, que já faz parte dos utilitários X1 e X2 e da minivan Active Tourer

Marcelo Ramos
03/06/2019 às 13:29.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:56
 ( Fotos BMW)

( Fotos BMW)

Quando a BMW apresentou o Série 1, em 2004, o modelo hatch era uma resposta ao bem-sucedido Audi A3 – que ajudou a ampliar a participação da marca das quatro argolas em diversos mercados, inclusive no Brasil. Na prateleira de engenharia da BMW, não havia um conjunto mecânico com motor transversal e tração dianteira, como no hatch da Audi. 

Mas os acionistas queriam um compacto e os executivos foram cobrar da engenharia. Afinal, até a Mercedes tinha o simpático Classe A (o monovolume). A solução foi pegar a mecânica do Série 3 e encaixar no dois volumes.

Ou seja, ele saiu com tração traseira e motor longitudinal, o que fazia dele um hatch bem apimentado, principalmente na versão 130i, equipada com o famoso bloco seis cilindros em linha, que fazia do hatch algo quase diabólico. 

Em termos de marketing, o modelo valorizava os dogmas da Casa de Motores da Bavária. Mas em termos de praticidade, o enorme cofre do motor roubava espaço para passageiros e bagagem. 

Mas tudo isso ficou no passado. A nova geração do Série 1 chega com a mesma receita do Audi A3 e também do Mercedes-Benz Classe A, com tração dianteira, motores compactos e melhor aproveitamento do espaço interno. Por outro lado, ele passa a contar com tração integral.
 
HERESIA
A BMW já tinha rompido com os dogmas de fidelidade com a tração traseira e os motores longitudinais quando lançou a minivan Série 2 Active Tourer. O modelo utilizava a atual plataforma modular do Mini Cooper (UKL) e não tardou para ser aplicado nos utilitários X1 e X2, além do Série 1 Sedan, exclusivo (por hora) ao mercado chinês. 

No entanto, há uma funcionalidade no uso dos motores transversais e a tração dianteira. Esse conceito ganhou popularidade em 1959, quando o Mini chegou ao mercado. Não demorou muito para Volkswagen e demais fabricantes e compactos aderirem à solução.

No Série 1, o remanejamento do conjunto mecânico elevou o porta-malas para 380 litros, cerca de 20 a mais que o anterior e ampliou o espaço para quem viaja nos assentos traseiros, tanto em altura quanto na distância para as pernas. 
 
MOTORES
Se o “seis canecos” foi tirado de cena, a BMW tenta compensar com a unidade 2.0 turbo remapeada para 306 cv e 45,9 mkgf de torque, combinada com caixa automática de oito marchas e tração integral. 

A unidade equipará a versão M135i. Num degrau abaixo, o 118i recebe a unidade três cilindros 1.5 de 140 cv e 22,4 mkgf de torque, presente no Mini Cooper, e transmissão de dupla embreagem e sete marchas, além de tração dianteira. Para o mercado europeu há três opções diesel. 
 
POR FORA
O novo Série 1 ganhou desenho moderno, com linha de cintura alta, lanternas afiladas. Trata-se de um resultado bem mais interessante que o da geração passada. No entanto, os designers carregaram na tinta, ao desenhar a grade de duplo rim. O “focinho” se mostra tão exagerado quanto o dos irmãos Série 7 e X7.
 
CONTEÚDOS
O modelo passa a contar com quadro de instrumentos digital, como no Z4, além de projeção de informações no painel (head-up display) e até mesmo assistente pessoal, como o MBUX da atual geração do Mercedes Classe A.

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