Missão cabulosa

Rogério Ceni tenta recuperar DNA ofensivo da Raposa e “salvar” Mano

Thiago Prata
14/08/2019 às 10:03.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:59
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

O futebol vistoso, técnico e endiabrado do Cruzeiro foi visto pela última vez no bicampeonato brasileiro que o time conquistou sob a tutela de Marcelo Oliveira, em 2013 e 2014. Assim que desembarcou em Confins, na manhã de ontem, Rogério Ceni trouxe consigo a esperança de a equipe celeste semear o início de uma reviravolta e fazer valer o DNA do clube, tão evidente em eras gloriosas de figuras mágicas como Dirceu Lopes, Tostão, Nelinho, Palhinha, Alex, Goulart e tantos outros. Ironicamente, o novo técnico da Raposa chega à Toca II para tentar “salvar” o período marcado pela dualidade de Mano Menezes.

Demitido após a derrota por 1 a 0 para o Inter, no Mineirão, no dia 7 deste mês, Mano vivia uma relação de amor e ódio com a China Azul. Os mesmos que torciam o nariz pelo esquema de jogo defensivo e por vezes burocrático implantado pelo gaúcho, se viam obrigados a admitir que essa tática antagônica ao futebol-arte rendeu vários títulos à agremiação – duas Copas do Brasil (2017 e 2018) e dois Mineiros (2018 e 2019).

Só que quando venceu o prazo de validade do tal futebol de resultado – o time angariou um triunfo nos últimos 18 embates da temporada e foi eliminado na Libertadores para o River Plate nesse período – Mano deixou a Toca. Inegavelmente, porém, fez história. 

No entanto, essa trajetória pode ser manchada caso o clube venha a sucumbir no Brasileirão. Direta e indiretamente, Ceni pode impedir essas catástrofes nas histórias de Mano e do Cruzeiro.

Já ficou notório que a intenção de Ceni é aplicar no Cruzeiro um sistema de jogo similar – quiçá, mais evoluído – ao que era praticado no Fortaleza, onde foi campeão estadual (2019), da Copa do Nordeste (2019) e da Série B do Nacional (2018).

O futebol com ênfase na ofensividade é algo que o torcedor cruzeirense gostaria de voltar a ver em campo. E que esse retorno às tradições do clube venha acompanhado de títulos. É o que Ceni anseia.

“O Mano é um treinador que ganhou quatro títulos, tem seu estilo de jogo e merece meu respeito. Tenho uma característica diferente. Vamos tentar fazer um time mais rápido e mais agressivo possível”, sintetizou o novo técnico da Raposa.

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