Medalha da Libertadores de 1997 é rifada em campanha pelo garoto cruzeirense Matheus
O garoto Matheus, de seis anos, não está sozinho na luta contra a displasia neuronal, doença rara que se agravou de forma severa no seu organismo
O garoto Matheus, de seis anos, não está sozinho na luta contra a displasia neuronal, doença rara que se agravou de forma severa no seu organismo. A torcida do Cruzeiro abraçou a causa do pequeno torcedor e marcou um golaço ao homenageá-lo no Mineirão, no último domingo. Agora, os cruzeirenses se mobilizam nas redes sociais para ajudar a família a custear o tratamento nos Estados Unidos. Na nova corrente, cada torcedor faz a sua doação e desafia publicamente pelo menos outros dois amigos a fazerem o mesmo.
Matheus precisa realizar um transplante de intestino, procedimento que é feito em Miami e custa cerca de US$ 1 milhão. A família tentará na Justiça que o governo brasileiro arque com os valores, mas ainda não sabe se conseguirá. Há ainda o custo com moradia e alimentação nos Estados Unidos, no período de recuperação e tratamento.
Matheus não pode se alimentar por vias naturais e por isso vive ‘preso’ a um aparelho de sonda. Além disso, o garoto perdeu a visão. Diante da situação comovente e da alegria do garoto, vários torcedores já fizeram doações à família, que disponibilizou duas contas para receber o dinheiro.
Um deles foi além e abriu mão de um item raríssimo para ajudar Matheus. Trata-se do advogado e jornalista Anderson Olivieri, autor de quatro livros sobre o Cruzeiro. Ele fez uma rifa on-line da medalha do Cruzeiro de campeão da Libertadores de 1997.
“Eu estava lançando um dos livros, em 2012, em Brasília, e fui até o Zezé Perrella para convidá-lo para ir ao lançamento. Levei o exemplar do livro, o convite, e na saída ele disse que meu trabalho merecia uma retribuição. Ele se levantou, na estante dele havia vários itens da época da presidência. Então ele pegou a medalha da conquista da Libertadores e meu deu de presente. Saí quase que flutuando do gabinete, emocionado. Um trabalho que eu tinha me debruçado durante dois anos, estava na mão com o maior símbolo daquele período, daquela década. E assim a medalha veio parar na minha mão”, revelou Anderson Olivieri.
“Sensibilizado com a situação do Matheus, eu resolvi pegar o que eu tenho de mais caro em relação ao que me liga ao Cruzeiro, que é exatamente a medalha, e rifá-la para arrecadar um valor significativo para o tratamento do Matheus. Talvez não seja um valor significativo dentro do universo que ele precisa, mas é um valor considerável, que tenho certeza que ajudará”, completou o escritor. Cada número da rifa custa R$ 10. Ao todo, são mil concorrentes, o que renderá R$ 10 mil para a família do pequeno Matheus.
