O empresário Wagner Pires de Sá, eleito na noite desta segunda-feira presidente do Cruzeiro para o triênio 2018, 2019 e 2020, terá, dentre outras responsabilidades iniciais, definir a permanência do técnico Mano Menezes, cujo contrato se encerra no fim do ano.
Em seus primeiros minutos como vencedor da eleição presidencial, Wagner Pires preferiu exaltar o atual gestor do clube, e, em respeito a Gilvan, preferiu deixar o assunto para ser definido em breve. “O presidente do Cruzeiro ainda é o Gilvan de Pinho Tavares, não posso interferir na administração dele. Vamos conversar e, com certeza, chegaremos a um acordo”, disse.
Campeão da Copa do Brasil com o Cruzeiro neste ano, título que rendeu o penta ao time celeste, Mano já se pronunciou sobre o assunto, e esperava justamente a definição do novo presidente para conversar.
Apesar de ter se esquivado da resposta, Wagner Pires sabe que é importante manter o treinador no comando da equipe. “Eticamente não posso responder por isso (renovação de Mano Menezes). Mas, logicamente, em time que está vencendo, não se mexe”, cravou, dando a entender que as conversas podem ser iniciadas em breve.
SEQUELAS
A vitória de Wagner Pires de Sá diante de Sérgio Santos Rodrigues foi bastante comemorada por Bruno Vicintin, vice de futebol da Raposa na gestão Gilvan Tavares. “Alegria muito grande, vitória muito grande. Infelizmente o Cruzeiro esteve rachado neste ano, mas se dessa forma ganhamos a quinta Copa do Brasil, imagina quando estivermos 100% unidos”, disse.
Com a disputa política pela presidência do Cruzeiro, antigos aliados se tornaram adversários e essa separação gerou intensas disputas internas. Principalmente durante o período eleitoral.
Mesmo com o cenário de racha entre membros do clube, Vicintin acredita que com o passar das eleições o momento é de união entre todos. Tudo em prol do Cruzeiro. “Agora é o momento de todos os cruzeirenses unirem forças para chegarmos longe. O mais importante é o Cruzeiro estar unido nesse momento”, frisou
VOTAÇÃO
Wagner Pires de Sá foi eleito com 235 votos e seu adversário, Sérgio Santos Rodrigues, terminou com 200. O pleito ainda registrou cinco votos nulos e cinco em branco, totalizando 445 votos no total.
Esse número representa 97% do total de votos possíveis, já que 465 conselheiros estavam aptos a votar, mas nem todos compareceram às urnas. 20 membros do conselho deliberativo da Raposa deixaram de ir à sede do Barro Preto votar na eleição presidencial.