“A casa do atraso continua atrasada”. A declaração de Alexandre Kalil, na tarde desta segunda-feira, evidenciou o rompimento da relação entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a direção da Liga Sul-Minas-Rio. Em encontro nesta tarde, no Rio de Janeiro, para fechar a tabela da Primeira Liga, a entidade máxima do futebol propôs uma assembleia com federações para discutir a competição e causou revolta no CEO da Liga.

“Eles propuseram uma assembleia que não aceitamos, não acatamos de forma nenhuma. E isso não vai atrapalhar nossa competição. Quem pediu para participar da modernidade foram eles, mas quando viram que era moderno demais, desistiram”, disse Alexandre Kalil, que não poupou críticas à CBF.

“A casa do atraso continua atrasada. Continua tudo encastelado no poder, ganhando salários milionários e sem fazer nada para ajudar os clubes. A Liga Sul-Minas-Rio está rompida com a CBF. Vamos soltar a nossa tabela na próxima segunda-feira e vamos jogar a Primeira Liga normalmente em 2016”, garantiu Alexandre Kalil.

Nas últimas semanas, a CBF ressaltou sua “bênção” para realização da Primeira Liga já em 2016. “Procede (que a CBF deu o aval). Vamos ter uma reunião técnica para ver todas questões que vão ser resolvidas”, disse o secretário-geral da entidade, Walter Feldman, ao SporTV, no último dia 9.

Na sexta-feira, porém, o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, atacou a realização da Liga. “Não acredito que a CBF cometa uma ilegalidade, e o presidente não é inconsequente. Em 2016, a competição não acontece”, disse.