Uma das canções em louvor à Raposa, “Nós Somos Loucos, Somos Cruzeiro”, garante que “o mundo inteiro teme La Bestia Negra”. Este apelido, surgido no Paraguai nos anos 80 e que no Brasil teria um sentido associado a algo como “Asa Negra” – ou “pedra no sapato” –, tornou-se uma alcunha do clube, que levou “noites de terror” a vários adversários em competições sul-americanas.
Nos últimos anos, porém, a força de “La Bestia Negra” foi colocada em xeque em partidas contra times argentinos em mata-matas na Libertadores, sobretudo no Mineirão, onde os azuis colecionam fracassos de 2008 para cá (confira na lista ao lado e abaixo). Hoje, às 19h15, contra o River Plate, no Gigante da Pampulha, pela volta das oitavas do torneio, é hora de o Cruzeiro fazer valer este apelido para despachar os Millonarios e manter vivo o sonho do tricampeonato.
Para concretizar esse objetivo será preciso vencer, por qualquer placar, ou, na pior das hipóteses, empatar em 0 a 0, o que levaria a decisão da vaga para a disputa de pênaltis – e aí, o goleiro Fábio pode fazer a diferença.
MY NAME IS...
Mano Menezes é a cara da Raposa bicampeã da Copa do Brasil (2017 e 2018) e do Mineiro (2018 e 2019), a prova cabal de que a eficiência supera o futebol-arte – mesmo que alguns torcedores torçam o nariz para o estilo “mecânico” e até “retranqueiro” de sua equipe.
Hoje, ele tenta levar a melhor sobre outro treinador copeiro, nada menos que Marcelo Gallardo, vencedor da Libertadores de 2015 e 2018, no comando do River Plate.
Nesta Libertadores, o Cruzeiro computa sete partidas, sendo cinco vitórias, um empate e apenas uma derrota.
RETROSPECTO
Em 15 partidas envolvendo Cruzeiro e River Plate, ao longo da história, houve dez vitórias da Raposa, quatro dos argentinos e um empate.
Hoje, completam-se 43 anos da conquista da primeira Libertadores dos celestes, título angariado justamente sobre o River, com o triunfo por 3 a 2, no jogo-extra, em Santiago, no Chile. E a China Azul anseia que o espírito de 1976 esteja presente nos guerreiros dos gramados. E que “La Bestia Negra” prevaleça!
*Colaborou Hugo Lobão