Há 10 anos, Eduardo Maluf dizia “sim” a Kalil e chegava ao Atlético

Henrique André
@ohenriqueandre
23/06/2020 às 00:37.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:50
 (BRUNO CANTINI/ATLÉTICO)

(BRUNO CANTINI/ATLÉTICO)

Conversa e vinhos com Alexandre Kalil e, ao mesmo tempo, atenção máxima aos exames da filha, internada com suspeita de apendicite. Foi assim que, há exatos 10 anos, Eduardo Maluf assinou contrato com o Atlético e iniciou a recente “Era de Ouro” do alvinegro. Cabe lembrar que, até 2012, entre oscilações em campo e até briga pelo não rebaixamento, a missão de colocar o clube no eixo não foi das mais fáceis. Logo após deixar o Cruzeiro, onde participou da inesquecível Tríplice Coroa (2003) e de outras conquistas importantes, Maluf recebeu propostas de Flamengo e Palmeiras, mas preferiu seguir em Minas Gerais, mesmo com certo receio de “atravessar a Lagoa”.  “Lembro que ele estava pensando em aceitar alguma destas propostas, mas sempre fomos muito ligados à família. Isso pesou na decisão. O Eduardo chegou até mim e disse que o Kalil queria conversar com ele. Fiquei com medo, devido à grande rivalidade das torcidas e temia pelas nossas crianças, que na época eram bem pequenas”, conta Elaine, esposa do diretor que faleceu em 2017. “Naquele dia, minha filha Eduarda teve uma dor abdominal e fomos ao hospital. Era suspeita de apendicite. Liguei para o Maluf. Ele disse que estava em reunião com o Kalil e que, assim que terminasse, iria nos encontrar. Ele chegou no hospital por volta das duas da manhã e confirmou que havia fechado com o Atlético. Entre conversas e vinhos, o Kalil assinou um papel e falou que ele podia anotar como seria o contrato, que já estava fechado”, acrescenta. SUCESSÃODesde que adoeceu e precisou deixar o cargo, Maluf não teve um substituto à altura no Atlético. Batendo cabeça para acertar na escolha, entre interinos e efetivados, a diretoria do clube só conseguiu acalmar os ânimos da torcida pouco antes da pandemia pelo novo coronavírus, quando acertou a contratação de Alexandre Mattos. Belo-Horizontino, o novo executivo do Galo também começou a carreira diretiva em Minas, onde trabalhou no América e no Cruzeiro. Na Raposa, inclusive, foi onde ganhou projeção nacional, com o bicampeonato do Brasileirão (2013 e 2014), títulos nacionais conquistados antes de seguir para o Palmeiras. Em algumas entrevistas, Mattos deixou clara a admiração por Maluf, a quem toma como espelho na carreira. Se em 2010 a chegada do itabirense acabou refletindo em voltas olímpicas importantes, como as da Libertadores e Copa do Brasil, em 2020 a esperança dos atleticanos está renovada por um déjà vu.  

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