Galo pode repetir Grêmio e ter objeto do desejo com rival na Série B

Alexandre Simões
@oalexsimoes
06/10/2020 às 02:02.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:43
 (RICARDO DUARTE/INTERNACIONAL)

(RICARDO DUARTE/INTERNACIONAL)

Tarde de 8 de maio de 2016. Depois de vencer o jogo de ida da final do Campeonato Gaúcho, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, uma semana antes, por 1 a 0, o Internacional abre o placar contra o Juventude, num Beira-Rio lotado, logo aos 14 minutos. O gol, o primeiro da goleada por 3 a 0, é do hoje atleticano Eduardo Sasha, de cabeça. 

Na comemoração, após correr para a torcida e abraçar companheiros, ele, que é cria da base colorada, pega a bandeirinha de escanteio, que tem o escudo do clube, e dança uma valsa.

A provocação estava clara. Naquela temporada, o rival Grêmio, que tinha caído nas semifinais diante do Juventude, completava 15 anos sem uma grande taça. A última tinha sido a Copa do Brasil de 2001. Depois disso, o Inter venceu duas Libertadores, um Mundial de Clubes, a Recopa Sul-Americana e a Copa Sul-Americana.

No final de 2017, o Tricolor encerrou o jejum e voltou a vencer a Copa do Brasil. Já o Colorado, foi rebaixado à Série B.

Em 2017, os gremistas voltaram a conquistar o seu grande objeto do desejo, a Copa Libertadores. E a taça foi erguida, em Lanús, na Argentina, com o rival Internacional penando na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.
 
MINAS GERAIS
Essa história pode se repetir em Minas Gerais. O Atlético não vive um jejum de grandes títulos tão longo como os gremistas, pois em 2013 ganhou a Libertadores e, em 2014, a Copa do Brasil, numa final justamente contra o Cruzeiro, também personagem dessa história.

Mas o objeto do desejo atleticano vai muito além de uma valsa de 15 anos. É quase uma Bodas de Ouro, pois o clube não vence o Brasileirão há 49 anos, sendo seu único título em 1971.

CHANCES
Líder isolado da Série A, o Atlético, apesar de só virar o primeiro terço da competição na próxima quarta-feira, quando encara o Fortaleza, no Castelão, já abriu cinco pontos de frente sobre o segundo colocado.

Além disso, o time de Jorge Sampaoli, único mandante 100% da competição, empolga pela qualidade do futebol mostrado até agora, com o ataque como prioridade e 25 gols marcados em 12 partidas, sete a mais que o segundo clube neste critério, o Santos, que balançou a rede 18 vezes, mas em 13 jogos.

Segundo o site Probabilidades no Futebol, mantido pelo Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), são de 50% as chances de o Galo ser o campeão brasileiro da temporada 2020. Isso com um terço da competição disputado, o que mostra como o time alvinegro já desgarrou dos demais ocupantes das primeiras colocações.

O conjunto da obra Jorge Sampaoli enche de esperança o atleticano. E torna real a chance de Minas Gerais viver, três anos depois, a mesma experiência da rivalidade gaúcha, com o Atlético ganhando o seu objeto do desejo, a taça do Campeonato Brasileiro, num ano em que o maior rival, o Cruzeiro, sofre na Série B da competição.

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