Galo de Sampaoli sofre com sina que atormentou Atlético de Cuca e de Levir Culpi

Alexandre Simões e Thiago Prata
@oalexsimoes | @ThiagoPrata7
22/01/2021 às 00:45.
Atualizado em 05/12/2021 às 03:59
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Há várias linhas de raciocínio para tentar explicar o porquê de o Atlético estar a cinco pontos do líder Internacional, desde as polêmicas da época do surto de Covid-19 na Cidade do Galo, passando pelas escala-ções de Jorge Sampaoli, até o fracasso em jogos-chave no campeonato, como os dois duelos com o Colorado – nesses, houve um triunfo dos gaúchos e um empate.

Mas existe também uma sina na Era dos Pontos Corridos do Brasileirão e que continua a impactar negativamente no clube: o desempenho como visitante.

Na atual edição, o Alvinegro vem se mostrando quase imbatível dentro de seus domínios, com 80% de aproveitamento (11 vitórias, três empates e somente uma derrota). Já fora de casa, esse rendimento cai pela metade: 40%, fruto de cinco triunfos, três empates e sete reveses.

Trata-se de uma dificuldade do Galo neste formato de disputa da competição, algo evidenciado, inclusive, em suas melhores campanhas, em 2012 e 2015, quando foi vice.

O esquadrão comandado por Cuca e que tinha Ronaldinho como maior craque era invencível na condição de mandante no Brasileiro de 2012, atingindo a impressionante marca de 82,4% (14 vitórias e cinco empates). No entanto, como visitante, não emplacou. O desempenho de 43,8% (seis triunfos, sete empates e seis reveses) acabou sendo determinante para a perda do título para o Fluminense.

Em 2015, sob a tutela de Levir Culpi, o roteiro foi parecido. Se em casa o Galo tinha um bom aproveitamento (71,9%; 13 vitórias, dois empates e quatro derrotas), fora, não se dava tão bem assim (49,1%; oito vitórias, quatro empates e sete derrotas). Resultado: viu o Corinthians levantar a taça.

Para o Atlético dar fim a essa “maldição” e conquistar seu primeiro título da Série A na Era dos Pontos Corridos, será preciso que Sampaoli encontre uma maneira de fazer com que seus atletas atuem fora de casa com a mesma força com que jogam no Mineirão – apesar de o torneio ir para a 32ª rodada e essa mudança ainda não ter ocorrido.

E seus comandados terão de dar uma resposta após três partidas seguidas sem ganhar longe de BH. O próximo desafio será contra o Vasco, neste sábado (23), às 21h, em São Januário.

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