O destaque de hoje é o jogador Kênio Kristiano Dias Leão, conhecido como Keninho, 37 anos. É considerado por muitos torcedores como um dos grandes atacantes das décadas de 80 e 90 em Moc. Seus dribles e velocidade infernizavam as defesas adversárias.
Começou jogando na equipe do colégio Marista São José, com o treinador Lelê, no início dos anos 80. Apresentando um futebol de gente grande e com apenas 15 anos, é chamado pelo treinador Bonga para disputar o campeonato amador adulto pelo Cassimiro. Naquele tempo jogavam atletas como Jânio, Fernando Coelho, Carlinhos Zanata, Bolão, entre outros. Mas também disputava o júnior com atletas como Bentinho, Rogério e Lúcio.
Em 86, Keninho faz um teste no juvenil do Flamengo e fica durante quatro meses. Volta para Moc e vai para o Ateneu disputar o campeonato mineiro de júnior.
Aos 17 anos, se profissionaliza e disputa a segunda divisão do mineiro e, paralelamente, o júnior.
PROPOSTA INDECOROSA
Em 88, o Cruzeiro vem fazer um amistoso em Moc, contra o Ateneu, Keninho se destaca no jogo, que foi vencido pelo Cruzeiro por 4 a 1, e é convidado para fazer um teste no azul-celeste. Junto com ele vão Altivo e Marquinhos Besourão. Keninho é aprovado no teste, mas o atleta conta que o presidente do Ateneu na época, Aristóteles Mendes Ruas, pediu em troca cinco jogadores profissionais e que a diretores do Cruzeiro riram da proposta.
Keninho volta para Moc, pega seu passe e vai para o Pouso Alegre, onde disputa o mineiro da primeira divisão. Chegou a ser cogitado para ir para o Juventus de Divinópolis, para disputar a Copa BH e a Copa São Paulo, mas não houve acordo.
Em 90, fica três meses no Santo André, em São Paulo, mas desiste de jogar profissionalmente. No mesmo ano, a equipe do Major Prates monta uma seleção e ele é chamado. Lá, conquista o tetracampeonato varzeano (90, 91, 92 e 93) e a Copa dos campeões. Paralelamente, disputa o amador pelo Cassimiro e se sagra bicampeão em 90 e 93. Ainda em 93, é campeão da Copa Interclubes para o Internacional. Naquele ano, é vice-campeão da Copa Kaiser para o Major Prates. Em 95 vai para o Olaria e conquista o pentacampeonato varzeano para sua galeria de troféus.
Jogou em diversos times, como Marista São José, Cassimiro, Ateneu, Major Prates, Olaria, Internacional, Juventus, Vila Luiza, e nas cidades de Porteirinha, Taiobeiras, Brasília de Minas, Pouso Alegre, Mato Verde, entre outras.
PERFIL
Partida inesquecível: - A final da Copa Kaiser em 93. Olimpic 3 x 2 Major Prates. Foi um jogo muito emocionante, pela motivação e por ser um dos jogos que teve maior público no Cassimiro.
Título mais importante: - O varzeano de 95 pelo Olaria. Principalmente pelo fato de a equipe nunca ter vencido. Ganhamos do Nasa por 4 a 0 e fiz o terceiro gol.
Título de que mais gostou: - - O varzeano de 95.
Título que queria ter ganhado: - A Copa Kaiser.
Gol mais bonito: - Foi quando jogava pelo Pouso Alegre em 89. No amistoso contra o Fluminese do Rio, perdemos por 3 a 1. Peguei a bola, driblei três adversários e ainda o goleiro, e marquei o gol.
Melhor treinador: - Lelê.
Melhor jogador: - Bolão.
Melhor amigo no futebol: - Rogério.
Melhor goleiro: - Rogério.
Qual time em que mais gostou de jogar: - O Major Prates. Era uma turma muito legal e unida.
Quais suas principais características: - Os dribles e a velocidade.
Da época em que começou a jogar monte uma seleção: - Rogério, Lauro, Nilsão, Miltão, Roninha, Cebolinha, Juninho, Bolão, Keninho, Lola e Marquinho Besourão.