Heberth Halley
Repórter
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O destaque de hoje da Galeria dos Atletas é o ex-jogador de futsal, Oliveiros Gonçalves do Nascimento Júnior, o conhecido Júnior Professor, 44 anos, que teve uma época áurea no futsal montes-clarense na década de 80, defendendo as equipes do Banco Itaú e Metalúrgica Norte Mineira. Habilidade, chutes fortes, marcação e inteligência fizeram de Júnior um dos grandes nomes do futsal de Montes Claros.
Ele conta que começou a jogar futsal no Colégio Marista São José, com os treinadores Lelê e Bonga, quando disputou várias competições estudantis.
Júnior era um fixo que marcava, armava e fazia gols
(fotos: arquivo)
Aos 15 anos é chamado para jogar na Matsulfur, com o treinador Reinaldo, na equipe que tinha atletas como Índio, Picado e Nena.
Logo depois Bonga o chama para jogar no Cassimiro, onde se sagra campeão amador de júnior, ao lado de Carlinhos Gol de placa, Lopes, Glicério, entre outros. Mas, de acordo com o próprio jogador, ele se desestimulou com o futebol de campo e partiu para o futsal, principalmente pelo fato de desde pequeno sempre acompanhar a equipe do irmão já falecido César Meira, que tinha a equipe Contabilidade Mineira.
Júnior começa a trabalhar na Montes Claros Diesel e se sagra campeão do Torneio da Arev, competição que reunia concessionárias. O elenco contava com atletas como: Mauricinho, Gilson Guimarães, Paulo Bruno, entre outros.
Júnior é chamado para jogar para a Rural Máquinas, dos amigos Dario e Vavá, ex-funcionários da empresa. Seria a primeira disputa de Júnior numa competição na categoria adulto. Resultado: campeão.
O fixo começa de vez a aparecer para o futsal-montes-clarense e o então chefe de sessão do Banco Itaú, amante do futsal, Gessi, chama Júnior para trabalhar no banco devido ao futebol, pois o chefe queria montar uma forte equipe para disputar as competições da cidade. Júnior entra no banco em 1981. O Itaú chama ainda Lalá, Dener, e logo depois Índio. O time estaria formado.
- Era um time de impor respeito, muito bom: conquistamos vários torneios na cidade na época, entre olimpíadas operárias, olimpíadas bancárias, copa Sesc, entre outros torneios que não me lembro dos nomes – conta Júnior.
Júnior recorda que numa dessas finais, nas olimpíadas Operárias, em 1982, fez um jogo memorável contra a equipe da Matsulfur que era até então uma das equipes que sempre vinham conquistando os títulos na cidade e era considerada a favorita.
- O time deles era considerado favorito. Era um timão com Jonas, Bolão, Ilzemar Seco, Bodera, Malveira, Ita e Proença. A torcida deles era muito superior à nossa, que tinha alguns funcionários do banco e familiares. Fomos campeões e vencemos por 10 a 1 – recorda emocionado de um dos jogos mais especiais de sua vida.
Em 1985, o ex-atleta Renato Tupinambá, chefe da Metalúrgica Norte Mineira na época e que havia chegado de Sete Lagoas, onde jogava no Uracan, que havia disputado várias vezes o campeonato mineiro, volta para Moc e tem a idéia de montar um time forte na cidade. Júnior é primeiro a ser chamado. Sai do banco e vai para a Metalúrgica também pelo bom futebol. Mas esclarece.
- A preferência, claro, era para aquele que era bom de bola, mas o jogador tinha que ser bom de serviço – explica.
Júnior como capitão, com o troféu de participação do quadrangular entre Metalúrgica, Atlético, Flamengo e Palmeiras
A Metalúrgica contrata vários jogadores e monta um timaço que fez história no futsal-montes-clarense: Danilo, Júnior, Tóya, Índio, Renato Tupinambá, Picado, Almir.
O time conquista o tetracampeonato das olimpíadas operárias, sendo que seria o penta de Júnior na devida competição. Ganhou também competições como Torneio do Sesc, entre outras copas.
No ano de 85, Júnior, começa a disputar os Jimis - Jogos do interior de Minas. O jogador participa de cinco edições pelo MCTC.
Em 1989, O professor Jaime Tolentino realiza um quadrangular com a Metalúrgica, Atlético Mineiro, Palmeiras e Flamengo no ginásio Poliesportivo. A competição serviria como preparação para o campeonato mineiro que era a intenção da Metalúrgica.
A equipe participa da competição, mas é eliminada na segunda fase. O capitão Júnior é um dos destaques da equipe, que além do bom elenco tem o reforço de João Carinha, Ilzemar Seco e Godôi, e ainda do treinador Gezinho.
Júnior chega a ser campeão de um torneio do Sesc pelo Chimarrão em 1990. Em 91, Renato é transferido para BH e leva Índio. O time já não era mais o mesmo e Júnior sai da Metalúrgica para montar seu próprio negócio. A partir daí, conta que nunca mais disputou competições de futsal, encerrando a carreira e apenas disputando torneios de clubes e de futebol soçaite.
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PERFIL
· Partida inesquecível: A decisão das Olimpíadas operárias em 1982, Itaú 10 x 1 Matsulfur. O time deles era favorito e vencemos de goleada.
· Título mais importante: Esse mesmo das Olimpíadas operárias em cima da Matsulfur.
· Título que queria ter ganhado: O campeonato mineiro. Creio que poderíamos ter ido mais longe.
· Gol mais bonito: Foi na decisão das Olimpíadas Operárias contra a Matsulfur. Lalá tocou pra mim e cara a cara com o goleiro Jonas fiz que bati e ele caiu, aí dei um toque por cima do goleiro.
· Maior alegria no futsal: Ter feito ao longo desses anos vários amigos.
· Maior tristeza no futsal: A decisão de uma olimpíadas operárias. Perdemos para a Coteminas por 2 a 1.
· Melhor goleiro: Danilo
· Companheiro ideal: Renato Tupinambá. Ele modernizou o futsal de Moc
· Melhor jogador que viu jogar: Índio
· Melhor treinador: Gezinho
· A partir de quando começou a jogar monte uma seleção de futsal: Danilo, Júnior, Índio, Tóya e Renato Tupinambá. Treinador: Gezinho.