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Quarta-Feira,12 de Novembro

Feio é não fazer

Brasileirão de 2018 caminha para ter pior média de gols dos pontos corridos

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
Publicado em 01/12/2018 às 07:18.Atualizado em 28/10/2021 às 04:00.

São necessários pelo menos 48 gols na última rodada da Série A para que a edição de 2018 não tenha a pior média de gols da história da competição desde que ela passou a ser disputada no sistema de pontos corridos, em 2003.

Até agora, são 812 bolas na rede nas 37 partidas já disputadas, média de 2,19. A pior marca (2,26) tinha sido registrada em 2014, quando foram marcados 860 gols nos 38 jogos.

O motivo maior para a queda do número de gols no Brasileirão deste ano é a perda de importância da competição diante das copas que vários dos seus participantes disputaram.

Com a Copa do Brasil tendo uma premiação milionária, a Libertadores sendo o objeto do desejo maior e a Sul-Americana contando com uma semifinal brasileira, a Série A foi colocada em segundo plano por muita gente.

Até o campeão Palmeiras usou formações reservas ou alternativas em várias paridas por causa de Copa do Brasil ou Libertadores, pois foi semifinalista em ambas.

Um desses clubes é o Cruzeiro, que priorizou as Copas do Brasil e Libertadores, conquistando a primeira, o que garantiu aos cofres do clube mais de R$ 60 milhões.

Como disputou grande parte dos jogos do Brasileirão com uma equipe reserva, o Cruzeiro tem um desempenho abaixo do que se esperava do time de Mano Menezes.

Além disso, a Raposa chega à última rodada com o desafio de marcar pelo menos quatro gols diante do Bahia, no domingo, no Estádio do Pituaçu, em Salvador, para que pela primeira vez na história dos pontos corridos não tenha média de gols inferior a um na principal competição nacional de clubes.

Até agora, o Cruzeiro balançou a rede adversária 34 vezes nas 37 partidas disputadas, média de 0,91. Sua pior marca é 1,16, em 2015, quando marcou 44 vezes.
 
ARTILHARIA
Além de ser deixado de lado por vários clubes desde o seu início, o Campeonato Brasileiro de 2018 teve ainda a perda de dois artilheiros que se destacavam na competição.

Na parada para a Copa da Rússia, Roger Guedes, do Atlético, que tinha nove gols em 12 jogos, média de 0,75, deixou o clube vendido ao Shandong Luneng, da China.

No final de agosto, o atacante Pedro, do Fluminense, então artilheiro da Série A, sofreu uma lesão no joelho direito e passou por cirurgia.

Entre os artilheiros que jogaram toda a competição, Ricardo Oliveira, do Atlético, aos 38 anos, tem a chance de alcançar em 2018 sua segunda melhor marca na competição.

Com 13 gols, para isso ele precisa marcar pelo menos duas vezes, amanhã, contra o Botafogo, para chegar aos 15 e superar os 14 de 2001, quando ainda surgia na Portuguesa.

Seu melhor desempenho no Brasileirão foi em 2015, ano em que voltou ao futebol brasileiro para defender o Santos e foi o artilheiro isolado da Série A com 20 gols, média de 0,64 por partida.

Alcançar a artilharia em 2018 é quase impossível. Apesar de Gabriel, do Santos, estar suspenso na última rodada, Ricardo Oliveira precisaria de pelo menos cinco gols contra o Botafogo para alcançá-lo. Se marcar um e colocar o Galo na Libertadores de 2019, a Massa já agradece.

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