Falta apoio para atletas de MOC

Participar de uma competição exige esforço financeiro

Leo Queiroz
19/01/2019 às 07:16.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:07
 (ARQUIVO PESSOAL)

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A falta de incentivo financeiro deixou atletas e treinadores norte-mineiros fora de grandes campeonatos na temporada passada. Boa parte alega que é mínimo ou quase inexistente o apoio e patrocínio público ou privado.

A medida tomada por alguns deles foi a de se planejar dentro do que podia e fazer diversas ações para ter o mínimo de arrecadação e, assim, conseguir disputar algumas competições.

De acordo com o atleta de Jiu-jítsu e MMA conhecido como Sergipano, sem ajuda financeira a participação foi bastante limitada durante a temporada passada.

“Em 2018 não tive nenhum patrocinador. Todas as despesas de competição de Jiu-jítsu ou MMA, como alimentação, preparação física, viagens e suplementação saíram do meu bolso, mas graças a Deus obtive grandes vitórias, conseguindo sair no cenário mundial em um evento do UFC. Algumas competições ficaram de fora, mas sempre me planejo de uma forma que eu posso estar dentro de alguns campeonatos. Em Montes Claros não existe patrocínio, apenas apoio”, critica o montes-clarense.

O multicampeão Marquinhos Karatê também sofre com a falta de apoio. Sem patrocínio para bancar as despesas, a equipe dele deixou de participar, no Rio de Janeiro, do mundial da modalidade.

“Em conquistas o ano de 2018 foi muito bom. Tivemos alguns títulos mineiros e brasileiros onde a equipe saiu muito bem no cenário nacional. Mas infelizmente ficamos de fora do maior campeonato que poderíamos disputar, que é o mundial no Rio de Janeiro, exatamente por falta de apoio. Faltou recurso para o mundial. Para 2019, esperamos que seja melhor, pois buscar títulos, treinar e ganhar campeonatos, isso já fazemos há muito tempo”, afirma Marquinhos.
 
ENXUGAMENTO
A avaliação de desportistas é que muitas equipes têm reduzido gastos e contingente de atletas para esta temporada. Para piorar, a cidade vem perdendo atletas para outros centros. A atleta e treinadora de futsal Daiany Spinola agora defende a cidade de Governador Valadares.

“Como atleta eu não represento mais a cidade de Montes Claros. Como treinadora, a cidade ainda deixa a desejar. São poucos que acreditam na modalidade do futsal e creio que no meu caso é mais difícil porque é um esporte coletivo feminino e não depende só de mim. A passagem é para um time inteiro e fica mais difícil correr atrás desse recurso. Outra dificuldade é o preconceito por olharem que o futsal é um esporte só de homem e o futsal feminino não é reconhecido ainda”, disse Daiany Spinola.

A esportista disse que para disputar as competições, junta o grupo para fazer rifas e eventos para arrecadar fundos. Ela espera ainda um ano com novas oportunidades.

“Sem dúvida, um ano de dificuldades em Montes Claros. De muitos torneios participamos através de rifas e patrocinadores que doaram algum brinde ou feijão para fazermos feijoada. Entendemos que o país passa por uma crise e esperamos que 2019 seja diferente”, completa.

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