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Segunda-Feira,3 de Novembro

Erros decisivos

Desde 2011, sete edições do Mineiro têm equívocos de arbitragem nas partidas finais

Alexandre Simões
Publicado em 16/04/2019 às 08:22.Atualizado em 05/09/2021 às 18:15.

“Agora estou totalmente convicto. Aconteceu a penalidade sobre o Igor Rabello no clássico. Não me foi passada pela equipe de árbitro de vídeo nenhuma dúvida relacionada a impedimento no lance. Assim, tenho a certeza de que aconteceu o erro”, garante Giuliano Bozzano, presidente da comissão de arbitragem da Federação Mineira de Futebol (FMF).

Para Bozzano, o lance envolvendo os dois zagueiros na área cruzeirense é muito mais para o árbitro de vídeo que para o de campo. Além disso, ele revela que poderia ter havido uma comunicação mais eficiente, mesmo com o final do primeiro tempo.

“Pelo protocolo do VAR, mesmo tendo encerrado o primeiro tempo, se o árbitro não saiu do gramado ele pode ser acionado pela turma do vídeo e isso deveria ter acontecido, com o alerta do pênalti, que poderia ser marcado e ter a cobrança”, explica o dirigente da FMF.

Além do pênalti cometido pelo zagueiro cruzeirense Dedé, a partida de ida da decisão mineira teve um erro importante na marcação do escanteio que resultou no segundo gol do Cruzeiro, num lance em que a bola tocou por último em Marquinhos Gabriel.

Assim, a decisão do Módulo I do Campeonato Mineiro de 2019 não foge à regra das finais deste século. E já tem como uma marca os erros de arbitragem, que só não aconteceram de forma grave nas últimas nove edições do Estadual em 2011 e 2016, nas conquistas de Cruzeiro e América, respectivamente.

HISTÓRICO
Desde 2012, quando Atlético, que foi campeão, e América decidiram a competição pela primeira vez no novo Independência, que tinha sido reinaugurado recentemente, as reclamações contra a arbitragem quase sempre integram a história das finais do Campeonato Mineiro.

Neste período, os erros mais decisivos envolveram o centroavante Jô, na época jogador do Atlético.

O primeiro deles, curiosamente, também teve o zagueiro Dedé como personagem, na decisão de 2014, pois ele cometeu um pênalti não marcado pelo gaúcho Leandro Vuaden.

De prejudicado, Jô passou a beneficiado no ano seguinte, numa decisão contra a Caldense, no Estádio Dilzon Melo, em Varginha, quando ele marcou o gol do título atleticano.
 
RANKING
Num ranking de prejuízo ou ajuda, o Cruzeiro passa a ser o clube mais beneficiado, com quatro lances. Esta posição era do Atlético, com três. Por outro lado, o Galo é o mais prejudicado, agora com seis erros contra.

Além de lamentar os erros no primeiro jogo, Bozzano espera definir o mais rápido possível a arbitragem do jogo de volta da decisão, no próximo sábado, às 16h30, no Independência. O sorteio deve acontecer hoje.

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