Divisão dos 18 jogos após empate com Oeste em 3 módulos evidencia queda do time e ataque do Cruzeiro

Alexandre Simões
@oalexsimoes
12/01/2021 às 00:01.
Atualizado em 05/12/2021 às 03:54
 (bruno haddad/cruzeiro)

(bruno haddad/cruzeiro)

O jogo contra o lanterna Oeste, adversário celeste amanhã, no Independência, no turno da Série B, marcou o início da reação do Cruzeiro, no que se refere à briga contra o rebaixamento, mas sem ser suficiente para que o time se aproximasse do G-4.

Desde aquele amargo 0 a 0 na Arena Barueri, em 11 de outubro, pela 15ª rodada, a Raposa entrou em campo 18 vezes. E a divisão deste período em três módulos de seis jogos mostra claramente a queda do time comandado por Luiz Felipe Scolari, processo que praticamente impede de se tornar realidade o sonho de retorno à Série A em 2021. Acontece queda de pontuação e no número de gols marcados.

No primeiro desses 18 jogos, o empate sem gols com o Juventude, no Mineirão, pela 16ª rodada, a Raposa foi dirigida por Célio Lúcio. Nos cinco jogos seguintes, já com Felipão, foram três vitórias e dois empates. Neste módulo, 12 pontos foram conquistados e oito gols marcados.

O segundo módulo de seis jogos, todos com Scolari no comando, foi praticamente idêntico ao primeiro. O Cruzeiro ganhou 11 pontos e marcou nove gols. Foram três vitórias, dois empates e uma derrota, para o Confiança, no Mineirão, na 24ª rodada.

Essas duas sequências têm como característica a quase totalidade dos gols marcados por atacantes. Na somatória dos 12 jogos, são 17 bolas na rede adversária, sendo 12 deles de atacantes: Rafael Sóbis (4), Airton (4), Arthur Caíke (2), Willian Potker (1) e Marcelo Moreno (1). O zagueiro Manoel marcou duas vezes, o lateral Cáceres, uma, e o atacante Jarro Pedroso, do Brasil-RS, fez um contra.
 
QUEDA
Nos últimos seis jogos, momento em que o Cruzeiro já tinha praticamente afastado qualquer risco de rebaixamento e poderia se arriscar, tentando uma aproximação do G-4 da Série B, o time teve uma queda de rendimento, assim como seus atacantes. Só nove pontos foram conquistados, aproveitamento de 50%, fruto de duas vitórias, três empates e uma derrota.

O time de Felipão marcou apenas cinco gols, menos de um por partida, e só dois deles foram de atacantes, sendo um de Rafael Sóbis e outro de Willian Potker. Os zagueiros Ramon e Manoel também balançaram a rede adversária, assim como o volante Filipe Machado.

Tivesse o Cruzeiro conseguido manter os 66,7% de aproveitamento do primeiro módulo de seis jogos, após o empate sem gols com o lanterna Oeste na Arena Barueri, e hoje somaria 48 pontos na Série B do Campeonato Brasileiro.

Ao invés da 11ª posição, ocuparia a sexta, a quatro pontos do G-4, grupo que garante vaga na Série A 2021. Luiz Felipe Scolari cumpriu o que tinha prometido entregar ao Cruzeiro, que é a permanência na Série B. Mas a análise de quase um turno disputado sob seu comando evidencia que o trabalho, por uma série de fatores que não são responsabilidade apenas da comissão técnica, talvez com culpa maior até da diretoria, não evoluiu. Se isso tivesse acontecido, a realidade cruzeirense neste momento seria bem diferente.

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