Difícil esquecer e entender

Luan revela que houve cobrança de Givanildo no vestiário pelo pênalti perdido contra o Fluminense

Alexandre Simões
Publicado em 14/12/2018 às 08:34.Atualizado em 05/09/2021 às 15:34.
 (Estêvao Germano/América)
(Estêvao Germano/América)

Quase duas semanas após o lance – o pênalti perdido no Maracanã em 2 de dezembro, diante do Fluminense, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, que foi determinante para a volta do América à Série B –, a situação ainda atormenta o meia-atacante Luan, que ainda tem vivo na memória o choro isolado no vestiário logo após o apito final.

“O vestiário estava com um clima de velório. Quando acabou o jogo entrei e fui para um canto. Chorei bastante. Fui com total confiança de fazer o gol, mas infelizmente errei. Naquele dia não consegui encontrar com o Salum (Marcus), por isso liguei para ele. Fiz um pedido de desculpa por não ter convertido aquele pênalti. Devia isso, pois foi quem me ligou, fez os primeiros contatos para a minha contratação”, revela Luan.

Outra lembrança do vestiário do Maracanã naquele início de noite de 2 de dezembro é a cobrança do técnico Givanildo Oliveira.

“O Givanildo queria saber o motivo de o Rafael Moura não ter batido o pênalti, pois ele era o cobrador principal do nosso time. Ele me cobrou por eu ter batido, achando que eu pedi para bater. Aí expliquei o que aconteceu, pois o Rafael quis dar a bola pra mim, para que eu saísse como herói num ano em que vinha de lesões. Tive altos e baixos e ele quis dar esse presente para mim. O erro foi meu. O Rafael não tem que ficar com essa culpa aí. Eu que errei. O cobrador era ele mesmo. Mas como o grupo é unido, ele quis me dar de presente aquele gol que poderia mudar a história do jogo. O Rafael é um grande amigo. Tenho certeza que ele assume a responsabilidade também”, conta o meia-atacante.
 
ADILSON BATISTA
A saída do técnico Adilson Batista, que gerou muita especulação sobre possível boicote de alguns jogadores, foi coisa do futebol mesmo, segundo Luan, que percebeu apenas uma dificuldade em determinado momento de assimilação dos métodos do treinador por grande parte do grupo.

“Comigo, o Adílson como pessoa foi nota mil. Infelizmente, ele não conseguiu armar o time da forma que pensava. E nós não conseguimos assimilar o jeito que ele gosta de jogar, vindo mais de trás, não sendo muito ofensivo, como a gente estava mais acostumado a jogar. Foi um grande prazer trabalhar com ele. É um cara que deixa o ambiente leve. Não saiu brigado com ninguém, que eu saiba”, garante Luan.
 
FUTURO
Ainda sem o futuro definido – “a única certeza é que não vou ficar no América” –, Luan garante que tem um carinho enorme pelo Coelho, que carrega o clube em seu coração para sempre e faz uma declaração ao torcedor: “Queria deixar meu agradecimento à torcida americana e meu pedido de desculpas. Vou sentir saudade desse clube”.

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