(BRUNOCANTINI/ATLÉTICO-BRUNOHADDAD/CRUZEIRO)
Enquanto muitos episódios fora das quatro linhas esquentaram o clima para o clássico no estádio Mineirão – entre eles, Sérgio Sette Câmara e a teoria da “cruzeirização”, a mudança de Rafael da Toca para o Galo, as polêmicas da reunião na FMF, e Adilson Batista alfinetando o Atlético –, as duas principais esperanças de gols deste sábado seguem focadas naquilo que realmente importa: o jogo.
Fortes candidatos a herói da vez, o celeste Marcelo Moreno e o alvinegro Diego Tardelli entrarão com objetivos individuais bem definidos e situações físicas distintas. Enquanto o Flecheiro Azul participou de duas partidas, ambas como titular, desde seu retorno ao Cruzeiro – ainda não estufou as redes, mas já colaborou com uma assistência –, o Don Diego foi preparado para estrear diante dos celestes: DT9 precisou de quase três semanas para atingir um nível que o possibilitasse entrar em campo pela primeira vez nesta terceira passagem pelo clube. Na batalha envolvendo esses titãs, estão em jogo marcas expressivas.
Marcas individuais
Os camisas 9 de Galo e Raposa alimentam motivações que vão além da importância deste clássico em si. Tardelli quer manter a fama de algoz da Raposa e integrar o Top 5 dos maiores goleadores do Atlético em clássicos perante o Cruzeiro.
Com nove tentos no principal dérbi mineiro – média de 0,47 por duelo –, o atacante alvinegro pode igualar ou até ultrapassar Tomazinho, que, com dez gols, é o quinto maior artilheiro da equipe em partidas contra o maior rival.
O “big five” do clube conta ainda com Guará (26 gols), Reinaldo e Ubaldo (cada um com 16) e Lucas Miranda (15). Os números são do Galo Digital.
Tardelli detém outros números positivos ante o Cruzeiro. No retrospecto geral, contabilizando suas duas passagens anteriores pela Cidade do Galo (a primeira entre 2009 e início de 2011; a segunda, de 2013 a 2014), DT9 obteve nove vitórias e quatro empates, tendo perdido seis vezes para os azuis.
Em 2014, inclusive, o atacante atleticano não foi derrotado uma vez sequer em clássicos – embora o troféu de campeão mineiro tenha ficado nas mãos do oponente. Ao todo, foram quatro vitórias e três empates, sendo que dois desses triunfos englobam a decisão da Copa do Brasil – com direito ao gol do título marcado, de cabeça, pelo avante do Galo, no 1 a 0 na finalíssima, no Mineirão.
MARCELO MORENO
Se 2014 foi um ano inesquecível para Diego Tardelli em clássicos, o mesmo não se pode dizer com relação a Marcelo Moreno. Aquela temporada representou a segunda passagem do boliviano pela Toca, com uma escrita negativa: não conseguiu vencer nenhum dos seis jogos que disputou contra o Atlético. Foram quatro reveses e dois empates, apesar da conquista do título do Estadual.
Neste reencontro com o Galo, Moreno tentará dar fim a esta escrita negativa, de não ganhar do time alvinegro há seis partidas. A última vitória dele em cima dos atleticanos se deu em 4 de maio de 2008, no segundo jogo da final do Mineiro: 1 a 0, com gol anotado pelo centroavante. Na ida, ele já havia deixado sua marca, uma vez, nos 5 a 0 em cima do adversário.
Como cada embate reserva uma nova história, Moreno anseia em voltar a sorrir contra o Atlético. Para isso, precisa ser municiado pelos colegas de time.
“Estou muito feliz de estar aqui, agradeço muito ao Cruzeiro por ter confiado no meu trabalho. Vou me preparar bem para estar no clássico. Tomara que chegue logo, pois é bom demais jogar este clássico, ganhar um jogo tão especial”, destacou o centroavante da Raposa. (A.S. e T. P.)