De MOC aos tatames do exterior

Lutador Lucas Fellipe já conquistou medalha nos EUA, mas precisa de ajuda

Gian Marlon*
19/09/2019 às 09:19.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:49

“Quem acredita sempre alcança”. O trecho da canção de Flávio Venturini e Renato Russo nos remete à história do lutador de jiu-jítsu Lucas Fellipe. Com dinheiro levantado por meio de ações realizadas na comunidade, ele conseguiu ir para o exterior adquirir experiência no currículo. 

Há poucos dias, o atleta viajou rumo aos Estados Unidos para participar de competições. A aventura só foi possível após arrecadar recursos por meio de rifas. Serão cinco meses longe da terra natal. No entanto, Lucas ainda carece de apoio financeiro para custos com a alimentação, transporte e hospedagem.

Em Orlando, na Flórida, o atleta tem onde ficar, mas quando precisa lutar em outras cidades, dorme em academias que não oferecem o conforto necessário. Ao chegar, de cara, Fellipe se destacou. No primeiro torneio, faturou a medalha de bronze.

Longe de casa, Lucas, de 22 anos, conta que o momento é de curtir o que o jiu-jítsu tem proporcionado e explica as dificuldades enfrentadas no novo ambiente.

“Estou na correria. Preciso muito de ajuda. Na academia onde eu moro, no alojamento, durmo tranquilo e treino. Mas, na hora de competir fora, é uma situação difícil, um perrengue. Então, tenho que correr atrás de um lugar pra ficar e acaba sendo longe de um torneio”, lamentou.

Com o dinheiro das rifas, ele conseguiu tirar o visto e se inscreveu em campeonatos. Só que a falta de dinheiro o impede de viajar e conseguir hotel. “Acabo arrumando um lugar para dormir, em uma academia. Mando mensagem para os professores, para ver se posso me acomodar lá. Ter apenas um lugar para deitar e tomar banho. Eles me oferecem. Eu pego e durmo”, completou.
 
ADAPTAÇÃO
Há três semanas nos Estados Unidos, completas exatamente nesta quinta-feira (19), o jovem atleta descreve que a adaptação não está sendo difícil como muitos imaginam. O clima é semelhante ao que ele está acostumado no Norte de Minas, além de o fuso horário ter apenas uma hora de diferença. 

“Estou acostumando aos poucos com a rotina daqui. Uma cultura e um jeito diferentes. O clima está parecendo o de Montes Claros, com muito calor. Há três dias caiu uma chuva e ficou mais fresco, mas é sempre quente. Estou bem acostumado”, brincou.

De acordo com o lutador, o intuito agora é se adaptar às rotinas de treinos e aprimorar a língua estrangeira. “Vim pra cá sem saber. Só um pouquinho do básico. Agora, estou começando a estudar. Fico perdido com algumas coisas, mas tenho aprendido o máximo”, afirma. 
 
AJUDA
O apoio financeiro a Lucas pode ser feito de duas maneiras: a primeira é através dos dados, com o nome completo do atleta. O interessado deve ir até a casa de câmbio, localizada no bairro Ibituruna, e destinar o valor. A segundo é procurar o professor Lucio Flávio, na academia que fica na avenida Francisco Peres, 900, bairro Esplanada, na orla da Lagoa da Pampulha, em Montes Claros. 
 
DESEMPENHO
Só nos últimos meses, o garoto foi campeão peso e absoluto faixa marrom/preta, na 1ª Copa Porteirinha; campeão Gi e No-Gi, em BH, no Winter International Open 2019; tricampeão peso e absoluto do Minas Open de Jiu-Jítsu, em Montes Claros, e terminou em terceiro lugar no Panamericano No-Gi, em Nova York.

Lucas participará, neste fim de semana, do Aberto Internacional de Verão de Atlanta IBJJF Jiu-Jítsu. 
*Estagiário sob supervisão do editor

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