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Segunda-Feira,10 de Novembro

Crise celeste na pauta

Diretor-geral Sérgio Nonato admite erros, mas nega irregularidades da atual gestão

Da Redação
Publicado em 29/06/2019 às 08:15.Atualizado em 05/09/2021 às 19:19.

O diretor-geral do Cruzeiro, Sérgio Nonato, apareceu nesta sexta-feira (28) pela primeira vez para entrevistas após as denúncias divulgadas pelo programa Fantástico, no dia 26 de maio. Mais de um mês após a TV Globo publicar matéria com supostas irregularidades no clube celeste, o dirigente, que teve o nome incluído em acusações, se defendeu e fez revelações sobre os bastidores da Raposa.

Dentre as novidades apresentadas por “Serginho”, uma chamou a atenção. De acordo com o dirigente, o clube anunciará cinco patrocinadores nas próximas semanas. “Nós vamos anunciar na próxima semana mais cinco patrocinadores, de reestruturação financeira e recursos para o clube. É só deixar a gente trabalhar!”, disse inicialmente em entrevista à Rádio Itatiaia.

Sérgio Nonato tirou boa parte do dia para conversar com jornalistas, e fez isso em duas rádios de Belo Horizonte. Além de participar do programa Rádio Esportes, nos estúdios da Itatiaia, o diretor-geral cruzeirense participou também do 98 Futebol Clube, atração da 98 FM. E foi durante a segunda aparição no dia que o diretor falou sobre o empréstimo milionário que o Cruzeiro aprovou junto aos conselheiros. Porém, valor que dificilmente chegará ao clube neste momento de turbulência.

“Os problemas do Cruzeiro sempre foram resolvidos dentro de casa, os problemas do Cruzeiro agora foram jogados aí e isso atrapalha mesmo. Nem o empréstimo vai sair, gente, porque não vão emprestar o dinheiro para o Cruzeiro agora”, admitiu.
 
INVESTIGAÇÃO
Nonato se declarou favorável às investigações para identificar possíveis irregularidades nas últimas administrações celestes, mas criticou o que considera pressa em buscar culpados e lembrou que o trabalho não pode esperar.

“Claro que tem erro. Não vamos falar que todos os clubes fazem, porque eu não sei. Naquele momento o clube precisava de dinheiro. Acho muito democrático, tem que ser investigado e que os culpados paguem por isso. Mas não tem crime nenhum. Pode ter erro. O dinheiro saiu da conta do empresário e foi para a do Cruzeiro, que precisava de dinheiro. Voltamos à Idade Média, estão querendo queimar as pessoas em praça pública. Você é julgado e crucificado antes de se defender, muito rápido. Tem que acontecer pelo processo legal. Existe uma ação para tirar o Itair, de conselheiros, sócios, pedindo a exclusão dele. O presidente do Conselho montou uma sindicância dentro do Cruzeiro, o presidente do clube também quer uma assessoria para auditar tudo isso. Quem tiver errado tem que ser punido. O Cruzeiro não vai passar a mão na cabeça de ninguém, não”, declarou.

Sobre a remuneração paga aos dirigentes, o diretor-geral celeste citou o próprio caso para argumentar que não há qualquer irregularidade. “Acontece que eu não recebi nada (de premiação). O presidente, quando eu cheguei ao clube, cheguei como diretor de comunicação, mas por ter facilidade de captar dinheiro, ele me colocou como diretor-geral e aumentou o meu salário. No contrato eu tinha publicidade, abri mão dessa publicidade que eu levava, continuo trabalhando e vamos colocar o Cruzeiro autossustentável até o final da gestão do Wagner”.

Ele disse ainda acreditar que o momento conturbado fora do campo não vai se refletir no desempenho em campo – a Raposa não vence há nove jogos.

“A situação administrativa não afeta o vestiário, porque nós estávamos perdendo antes das questões de bastidores virem a público, como a derrota para a Chapecoense, que foi antes da matéria do Fantástico. O jogador tem que fazer o papel dele dentro de campo, os dirigentes trabalham fora de campo. Tecnicamente, não posso falar de erro, isso é o Mano (Menezes) que pode falar”.

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