Pandemia, que provoca parada do futebol, aumenta problema financeiro do Atlético e clube corta gastos demitindo cerca de 50 colaboradores
(Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)
A crise financeira, causada principalmente pela pandemia do novo coronavírus, faz com que a diretoria do Atlético adote a estratégia da “contenção de gastos”. E vários departamentos do clube estão sendo atingidos e muitos funcionários sendo desligados – dos mais simples aos de cargos mais altos. Outros, desde o início de abril, tiveram os contratos suspensos.
De acordo com a informação publicada na manhã de ontem pela Rádio Itatiaia, a intenção do clube é economizar cerca de uma folha até o final do ano – aproximadamente R$ 10 milhões. Devem ocorrer por volta de 50 demissões. A readmissão de alguns deles, inclusive, não é descartada quando as coisas se normalizarem.
Ainda de acordo com a informação do repórter Thiago Reis, os salários daqueles que permanecem, relacionados ao mês de abril, não serão pagos de forma integral. A crise financeira, provocada pelo novo coronavírus, atingiu e muito as estruturas do Galo.
A reportagem do Hoje em Dia conversou com algumas pessoas e confirmou que, além do preparador físico Luís Otávio Kalil, demitido na última quinta-feira, dezenas de outros funcionários não seguirão no alvinegro. Só no departamento de base, a expectativa é a de que o número seja de até 20 desligamentos (alguns já ocorridos nos últimos meses).
Responsável pelos mascotes (crianças que entram em campo em dias de jogos) e também bastante querida no clube, onde estava há 29 anos, a produtora de eventos Andreia Paiva foi mais uma comunicada da demissão durante esta semana. Assim como ela, Alan Deere, sub-gerente da Cidade do Galo, e Lilian Lúcia, secretária que trabalhava na sala da diretoria no CT, também tiveram o mesmo destino. Eles são apenas alguns exemplos.
SUSPENSO
Além de reduzir os salários de funcionários que ganham mais de R$ 5 mil – a redução varia de 25% a 70% em alguns casos, segundo relatos –, outras pessoas, inclusive, assinaram uma licença não remunerada, como é o caso de Lucas Couto, diretor de operação de estádios. O acordo, assinado em 1º de abril, é válido até 1º de agosto. Caso as atividades do setor retornem antes, ele volta a exercer a função normalmente.