
Não foi necessário esperar o sol se pôr para conhecer o resultado da votação do projeto do estádio do Atlético no Conselho Deliberativo do clube. Por volta das 15h, ou seis horas antes do encerramento, a proposta para a construção da Arena do Galo alcançou os 260 votos para ser aprovada pelo colegiado, contra apenas nove rejeições. Agora, o projeto segue os trâmites legais para a regularização na Prefeitura de Belo Horizonte. A previsão é a de que as obras comecem em março de 2018 e durem cerca de 30 meses, com inauguração prevista para 2020.
Em reunião de grande apelo na Sede de Lourdes, o voto que decretou a aceitação do projeto foi batido pelo prefeito Alexandre Kalil. Ele, além de ex-presidente do clube, é um dos 390 conselheiros aptos a votar.
Kalil chegou cedo no local da votação e esperou para ser o voto de número 260, o que confirmaria a aprovação de 2/3 dos conselheiros.
MILHÕES
O ponto mais importante do debate era a venda de 50,1% do Shopping Diamond Mall, localizado ao lado da sede, por R$ 250 milhões. A compradora será a Multiplan, empresa que já administra o centro comercial pertencente ao Atlético desde a construção.
O terreno para a construção do estádio foi doado pela MRV Engenharia através do fundador Rubens Menin (também conselheiro). É um lote de 56 mil metros quadrados no Bairro Califórnia, na Região Oeste de Belo Horizonte, avaliado em R$ 50 milhões. Ele pagará também mais R$ 60 milhões para o estádio ser batizado de Arena MRV, em forma de “naming rights”.
Dos R$ 410 milhões que o Atlético precisa levantar para dar o pontapé das obras, faltam “apenas” R$ 40 milhões. Pois, além dos R$ 110 milhões de Menin e os R$ 250 milhões da Multipan, há mais R$ 60 milhões que o Banco BMG, através do conselheiro e ex-presidente Ricardo Guimarães, promete injetar no fundo de reserva para o estádio, mediante a compra de 60% das quase cinco mil cadeiras cativas.
“Se shopping fosse bom, Barcelona e Real Madrid teriam cinco cada. Bom é estádio!”. Alexandre Kalil, prefeito de BH
