A volta das partidas de futebol em Minas Gerais, prevista para o próximo dia 26, reserva um duelo inusitado e que promete fazer “sair faísca” na Arena Independência. O jogo entre América x Atlético, o antigo “Clássico das Multidões”, terá nos respectivos bancos de reserva dois comandantes com um jeito “doido” de ser.
Ao contrário de qualquer interpretação pejorativa do adjetivo, o argentino Jorge Sampaoli, de 60 anos, e o gaúcho Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, o Lisca, de 47, já provaram que a agitação dentro e fora das quatro linhas traz reflexos positivos no grupo. Obcecada pelo trabalho, a dupla tem o respeito de diretoria, atletas e, principalmente, torcedores.
Contratado em janeiro para assumir o alviverde, Lisca chegou ao clube para substituir Felipe Conceição, que aceitou proposta do Red Bull Bragantino. Tendo uma boa base em mãos, o treinador deu o cartão de visitas e levou o Coelho ao topo da tabela do Campeonato Mineiro. Em nove rodadas, foram 21 pontos conquistados e, para melhorar, nenhuma derrota no Estadual.
Já Sampaoli, vice-campeão brasileiro em 2019 pelo Santos, na mesma época em que Lisca era anunciado no América, dizia “não” ao projeto apresentado pelo Atlético e seus parceiros.
Contudo, três meses depois, ele foi convencido pela cúpula e assumiu a vaga deixada pelo venezuelano Rafael Dudamel. Recolocar o Galo no caminho das grandes vitórias e conquistas foi a missão dada a ele.
Em relação ao Mineiro, competição na qual o Atlético ocupa a terceira colocação, com 18 pontos conquistados, o argentino teve a oportunidade de disputar apenas uma partida; a sua única no comando do alvinegro. Em 14 de março, a equipe venceu o Villa Nova por 3 a 1, em Nova Lima.