O ciclismo de montanha brasileiro vive seu melhor momento com um atleta pela primeira vez entre os cinco do mundo (o fluminense Henrique Avancini), mas, também, por conta do nível técnico e da variedade das provas, com desafios cada vez mais variados.
Um dos mais recentes chega esta semana à segunda edição, apostando na resistência de quem está acostumado a pedalar longas distâncias e na beleza da paisagem de um dos cartões-postais de Minas, a Serra do Cipó. O Cipó Cup: Mountain Bike Challenge reserva 400 quilômetros de trilhas inóspitas até domingo, tendo Conceição do Mato Dentro como ponto nevrálgico.
Correndo sozinhos (categoria solo) ou em duplas, os inscritos enfrentam subidas pesadas e descidas técnicas, atravessam cursos d’água e várias pequenas propriedades da região, hospedando-se em pousadas e desfrutando da culinária local nos raros momentos de descanso. Pelo caminho, localidades como Morro Redondo e Cabeça de Boi, esta conhecida pela beleza de suas cachoeiras.
E a lista de inscritos para a prova deste ano sugere um duelo Brasil x Itália – o toque estrangeiro é garantido por um velho conhecido das trilhas mineiras, Marzio Deho, bicampeão do Iron Biker em 1998/1999 e um dos mais fortes atletas do planeta em maratonas de mountain bike.
O principal candidato a encará-lo e fazer as honras da casa é o brasiliense Alexandre Manzan, que começou no triatlo (foi vice-campeão do Circuito Mundial em 1996) e se especializou em provas extremas, seja correndo a pé ou sobre a bicicleta. O mineiro Gabriel Domeniconi é outro dos fortes candidatos a um lugar no pódio. Para boa parte dos ciclistas, no entanto, a principal luta é com os próprios limites.
