Cem dias sem futebol em Minas Gerais e de bastidores agitados em Atlético e Cruzeiro

Alexandre Simões, Guilherme Piu e Henrique André
@jornalhojeemdia
24/06/2020 às 12:16.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:51
 (Bruno HaddadCruzeiro)

(Bruno HaddadCruzeiro)

O relógio do árbitro Marco Aurélio Augusto Fazekas Ferreira marcava 22h24 de 16 de março de 2020. O Betim Futebol, como visitante, tinha acabado de vencer o Democrata, de Governador Valadares, por 2 a 1, no Estádio José Mammoud Abbas, o Mamudão, encerrando a sexta rodada do Módulo II do Campeonato Mineiro. Desde então, a bola nunca mais rolou em Minas Gerais. Desde aquela noite de segunda-feira, já são 100 dias sem futebol no Estado. Mas apesar da ausência de jogos, os rivais Atlético e Cruzeiro, que jogaram pela última vez em 14 e 15 de março, respectivamente, mas pelo Módulo I do Estadual, agitaram a quarentena que já virou centena. No período, não faltaram notícias dos dois lados. CONTRATAÇÕESNo primeiro dia sem treinamentos dos clubes, pois as atividades aconteceram até 17 de março, o Cruzeiro anunciou Enderson Moreira como seu novo treinador. Ele chegou para a vaga de Adilson Batista, demitido após a derrota de 1 a 0 para o Coimbra, no Independência, no último jogo do time antes da parada. Enderson foi contratado pelo Núcleo Dirigente Transitório, que só deixou o clube em 31 de maio, para a posse de Sérgio Santos Rodrigues, novo presidente cruzeirense que foi eleito em 21 de maio. Em crise desde o ano passado, o Cruzeiro teve também notícias ruins. Em 23 de abril, o torcedor começou a ser informado sobre a farra com os cartões corporativos do clube feita principalmente pelo ex-presidente Wagner Pires de Sá. Em 19 de maio, outro duro golpe. Dívida na Fifa pela contratação do volante Denílson, em 2016, não foi paga, e o clube perdeu seis pontos na Série B do Brasileirão, que ninguém sabe ainda quando vai começar. ALEGRIASO Atlético mostrou ao rival que é melhor ser alegre que ser triste. E por mais que tenha vivido momentos de crise política, no racha escancarado entre o atual presidente, Sérgio Sette Câmara, e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que comandou o clube do final de 2008 a 2014. Por outro lado, o Galo começou, em 20 de abril, as obras do seu sonhado estádio, a Arena MRV. Correu o risco de perder seis pontos na Série A, pelo não pagamento de dívida pela contratação de Maicosuel, em 2014, mas os parceiros ajudaram. Além disso, o Atlético foi o primeiro clube mineiro a voltar a treinar, movimentou o mercado da bola, com várias contratações, sendo que o volante Léo Sena, que veio do Goiás, já está até treinando, na Cidade do Galo, e no último final de semana viu a promoção “O Manto da Massa” bater a marca de 100 mil camisas vendidas e uma arrecadação bruta superior aos R$ 19 milhões. Apesar de histórias diferentes, tudo o que Atlético e Cruzeiro querem é o mesmo final. Que a proposta da Federação Mineira de Futebol (FMF) à Secretaria de Estado da Saúde (SES), de volta do futebol em 26 de julho, seja aceita.   

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