'Camisa 10': amor e ódio nos últimos anos na Toca, carência no Cruzeiro em 2020

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
28/03/2020 às 03:19.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:07
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

Após o clássico contra o Atlético, em 7 de março, o então técnico do Cruzeiro Adilson Batista enfatizava as dificuldades do clube celeste em encontrar um “camisa 10” para esta temporada. “Pode ser o Marco Antônio, o Everton (Felipe), o Maurício... O Robinho não é um 10, mas poderia chegar. Vamos tentar encontrar”, disse ele, que, no entanto, não encontrou uma solução para este problema dentro do elenco.

A responsabilidade, obviamente, também é da cúpula azul. Agora com Enderson Moreira como treinador e Ricardo Drubscky como diretor de futebol, a Raposa vai em busca de um maestro para o grande desafio da equipe no ano: voltar à elite do futebol nacional.
 
HISTÓRICO
Trajando ou não a 10, vários personagens se tornaram icônicos na trajetória do clube exercendo essa função de armador: de Tostão e Dirceu Lopes, passando por Palhinha e Alex, até a dupla Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, só para citar alguns. Porém, o histórico recente provocou sentimentos antagônicos à torcida.

De 2015 a 2018, Arrascaeta, vestindo a 10, passou por momentos de irregularidade, mas conseguiu deslanchar em grande parte de seus dois últimos anos de Cruzeiro. No entanto, a saída conturbada para o Flamengo provocou a ira dos torcedores. Coube a Thiago Neves, um dos heróis do bicampeonato da Copa do Brasil (2017 e 2018), a missão de carregar essa camisa.

Só que as coisas não saíram como planejado. Como TN30, o atleta reinou no gramado; como TN10, fracassou. Em 2019, recebeu vaias, se tornou pivô de polêmicas, como na demissão de Rogério Ceni, ficou marcado pelo “Fala, Zezé”, perdeu uma penalidade na derrota por 1 a 0 para o CSA, no Mineirão, e acabou afastado. No início deste ano, deixou a Toca II, com destino ao time do Grêmio.

2020
Existia a esperança de que Rodriguinho, herdeiro da 10, fosse o cérebro da equipe para 2020. Mas ele jogou apenas duas partidas – contra Boa Esporte e Villa Nova – e acertou sua saída. De lá para cá, a Raposa sentiu a carência de um meia que organize as ações em campo.

Fato este que será uma das prioridades de Enderson Moreira. “Queremos atletas que possam talvez suprir algumas necessidades, até em termos de características. É fundamental ter mais opções para a construção da equipe”, afirmou o treinador.

Em outras palavras, o Cruzeiro vai precisar na Série B de um maestro no meio-campo, papel que um ou mais jogadores desempenharam nos grandes feitos da Raposa.

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