Célio Lúcio vive mesma experiência de Ney Franco em 2004: interino por duas vezes em uma temporada

Alexandre Simões
@oalexsimoes
27/01/2021 às 00:41.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:01
 (gustavo aleixo/cruzeiro)

(gustavo aleixo/cruzeiro)

O ex-zagueiro Célio Lúcio, multicampeão com a camisa do Cruzeiro entre 1991 e 1997, com grandes títulos nacionais e internacionais, experimenta nesta temporada 2020 a mesma situação vivida por Ney Franco, também personagem da história atual, em 2004, antes dele ganhar fama comandando o Ipatinga e vencendo o Campeonato Mineiro em 2005. Ambos foram treinadores interinos da Raposa por duas vezes, na mesma temporada.

A primeira experiência de Célio Lúcio foi em 16 de outubro de 2020, no empate sem gols com o Juventude, no Mineirão, pela 16ª rodada da Série B. Cinco dias antes, o empate pelo mesmo placar com o lanterna Oeste, na Arena Barueri, na Grande São Paulo, tinha derrubado Ney Franco, que foi o terceiro treinador na temporada substituindo Enderson Moreira, que já tinha entrado no lugar de Adilson Batista.

Agora, com a saída de Luiz Felipe Scolari na última segunda-feira (25), Célio Lúcio volta a comandar o Cruzeiro na despedida da Série B 2020. O jogo será contra o Paraná, às 21h30, no Durival de Britto, em Curitiba.

Se forem consideradas as duas experiências de Célio Lúcio como interino, será a sexta mudança de treinador no Cruzeiro em apenas uma temporada.

Ao contrário do jogo contra o Juventude, o ex-zagueiro comanda uma equipe que disputará um “amistoso”, pois a Raposa não tem mais pretensões na Segunda Divisão, que disputará novamente em 2021, ano do seu centenário.
 
NEY FRANCO
Em 2004, Ney Franco era apontado como uma grande promessa que tinha brilhado nas categorias de base do Cruzeiro. E após a derrota de 1 a 0 do time para o Corinthians, no Pacaembu, a terceira seguida do time no Brasi-leirão, Emerson Leão foi demitido e ele assumiu a equipe interinamente.

Ney comandou o Cruzeiro no empate sem gols com o Fluminense, no Maracanã, em 31 de julho de 2004, e na vitória por 2 a 0 sobre o Internacional, em 5 de agosto, no Mineirão, na partida que marcou a estreia do centroavante Fred, que tinha sido contratado ao América e fechou o placar aos 36 minutos do segundo tempo, depois de substituir Wendel.

Com a volta de Marco Aurélio à Toca II, Ney Franco voltou à condição de auxiliar, mas apenas por pouco mais de três meses. Em 13 de novembro, uma goleada de 4 a 1, sofrida para o São Caetano, no Anacleto Campanella, provocou nova demissão de treinador na Raposa.

Faltam cinco jogos para o término da Série A do Campeonato Brasileiro, e Ney Franco foi o treinador nesses confrontos. Somou quatro derrotas, para Corinthians (1 a 0), Fluminense (3 a 2), Internacional (2 a 0) e Flamengo (6 a 2).

Os únicos três pontos conquistados foram sobre o Vitória, em 12 de dezembro e 2004, no Mineirão, com uma goleada por 4 a 0. Neste dia, a torcida vaiou o time, pois os baianos eram adversários do Atlético na briga contra o rebaixamento. Foram apenas 1.937 os pagantes no Gigante da Pampulha.

Mesmo que sem a mesma quantidade de jogos, Célio Lúcio repete agora a história vivida por Ney Franco, num tempo em que o cruzeirense enfrentava a ressaca pelo desmanche do elenco que conquistou a Tríplice Coroa na temporada anterior. Perto da realidade atual, a China Azul com certeza era feliz e não sabia.

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